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O Amapá. As Bebidas com Metanol. O Antídoto e a Requisição

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Mesmo sem casos registrados no estado, o governo do Amapá solicitou ao Ministério da Saúde (MS) o envio de antídotos contra intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que pode causar cegueira permanente e até levar à morte. A medida é preventiva e foi tomada após o aumento de casos em outros estados. O pedido foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na última sexta-feira (3). O total de notificações no Brasil chegou a 225, segundo o levantamento mais recente do MS divulgado neste domingo (5), incluindo casos confirmados e suspeitos, além de óbitos. Até o momento, 16 casos foram confirmados e 209 estão em investigação.

“Isso já está acontecendo em vários estados da federação e, claro, pode chegar ao Amapá. Por isso, já estamos preparando todos os protocolos orientados pelo Ministério da Saúde para lidar com possíveis envenenamentos”, afirmou a secretária de Saúde, Nair Mota.

O MS instalou uma Sala de Situação para monitorar os casos e coordenar ações emergenciais. A equipe técnica reúne representantes dos ministérios da Saúde, Justiça, Agricultura, Anvisa e conselhos nacionais de saúde. A principal linha de investigação da Polícia Civil é que fábricas clandestinas estariam usando metanol para higienizar garrafas falsificadas antes de envasá-las. A substância, que não está disponível legalmente no Brasil, teria sido contrabandeada e aplicada em recipientes reutilizados. A polícia federal também investiga suspeitas de envolvimento de organizações criminosas na adulteração de bebidas.

Um alerta à população foi emitido pela prefeitura de Macapá, através da Secretaria Municipal de Vigilância em Saúde (SMVS) sobre os riscos da intoxicação por metanol. A substância pode estar presente em bebidas alcoólicas falsificadas ou vendidas ilegalmente, além de produtos como combustíveis e solventes. Segundo a SMVS, os sintomas variam conforme o tempo após a ingestão:

Até 6 horas: sonolência, tontura, dor abdominal, náusea, vômito, confusão mental e batimentos acelerados.

Entre 6h e 24h: visão embaçada, sensibilidade à luz, dificuldade para enxergar cores, convulsões e coma.

Casos graves: cegueira definitiva, falência dos rins, choque e morte.

A orientação é que qualquer pessoa com sintomas incomuns após consumir bebida alcoólica procure atendimento médico imediato. O tratamento pode incluir hidratação venosa, correção da acidez no sangue, uso de antídotos e hemodiálise. Casos suspeitos devem ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) como “Intoxicação Exógena” e comunicados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), pelo e-mail: cievs.semsa@gmail.com.

A população também deve informar o tipo de bebida ingerida, onde foi comprada e se outras pessoas também consumiram. A recomendação é evitar bebidas sem rótulo, lacre ou selo fiscal.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976