Hugo Carvana, um dos maiores nomes da TV brasileira lutou, por 8 anos, contra um câncer no pulmão, descoberto em 1996. O ator era um fumante inveterado. Ele morreu no dia 04 de outubro de 2014, aos 77 anos, no Hospital Pró-cardíaco no Rio de Janeiro. Há pelo menos cinco anos, ele convivia com o mal de Parkinson.
Maria Clara, filha de Carvana, disse à época que o primeiro câncer foi há 18 anos, no mesmo pulmão direito. “Ele fazia exames regularmente. Ele já tinha parado de fumar cigarro. Agora nesses últimos seis meses ele fumava charuto e a gente brigava. Ele era a alegria. Meu pai levava a vida com muito humor. Era alegre, boêmio, gostava de viver e prezava na vida os amigos, a família”, acrescentou. Além de Júlio e Maria Clara, Hugo Carvana era pai de Cacala e Pedro
Trajetória- Hugo Carvana nasceu no dia 4 de julho de 1937, filho da costureira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. Era “um ilustre suburbano de Lins de Vasconcelos, que nunca renegou sua origem simples”, conforme destaca o perfil no site oficial. O texto reforça que o ator e diretor ficou marcado em sua trajetória por ter “um quê de malandragem”.
Na juventude, para conseguir entrar no estádio e torcer pelo Fluminense, costumava se disfarçar de vendedor de balas e ambulante. “Figura obrigatória nas mesas dos bares da noite carioca, cultivou amizade com grandes nomes da boemia e das artes – Roniquito, Ary Barroso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, foram alguns”, diz o perfil.
“Através dessa vivência criou personagens que povoam o universo carioca, como o malandro Dino em ‘Vai trabalhar vagabundo’.”
A primeira vez em que viveu esse tipo de personagem foi em “O capitão Bandeira contra o dr. Moura Brasil” (1970), de Antônio Calmon. Carvana também deu vida ao jornalista Valdomiro Pena, do seriado Plantão de Polícia, da TV Globo.