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O TJ do Pará. A Escola Judicial. O CNJ. O FestLab. O Maior Evento de Inovação do País

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Belém será palco do FestLab Nacional, considerado o maior evento de inovação do país, que reunirá representantes do judiciário de todo o país, de 3 a 6 de setembro, na Escola Judicial do Pará (EJPA), em Belém. Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o encontro encerra a série de eventos regionais realizados ao longo do ano e será o momento de consagração das iniciativas mais inovadoras, com a entrega do Prêmio de Inovação 2025.

Durante dois dias, o público poderá acompanhar uma intensa programação de palestras que abordam desde identidade cultural amazônica, inteligência artificial e linguagem simples até acessibilidade, educação e inovação prática no cotidiano. Entre os destaques estão a participação do desembargador federal e escritor William Douglas, do juiz paraense João Valério, além de especialistas como Luisa Almeida, referência em acessibilidade, da jornalista Trisha Guimarães, e a dupla Renan Hannouche e Dante Freitas (Renante), que discutirão a humanização da Justiça em tempos digitais.

A escolha de Belém para sediar o encontro reforça o protagonismo da região Norte nas iniciativas de modernização do judiciário. O Laboratório de Inovação Pai D’Égua, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), é referência em projetos de impacto social, como o Justiça Sem Fronteiras e a implantação de 61 Pontos de Inclusão Digital (PIDs) em comunidades de difícil acesso, ampliando o acesso à Justiça e à cidadania. Além das palestras, o FestLab Nacional terá a apresentação de 10 pitchs finalistas que disputam o Prêmio de Inovação 2025. Entre eles, iniciativas que unem tecnologia, inclusão e gestão.

O TJPA apresentará o projeto Scripts de Automação de Gabinetes para o SEEU, que promete ganhos de produtividade acima de 80%, e o MiniLab + Pai D’Égua, que leva laboratórios de inovação para escolas públicas do Pará. Outro destaque é o TRT11, que apresentará o Conexão Inclusiva, responsável pela contratação de 46 pessoas com deficiência, mostrando o impacto social da Justiça do Trabalho da Amazônia.

A lista traz ainda soluções de inteligência artificial, como o APOIA – IA Generativa para todo o Judiciário, do TRF2, já reconhecida pelo CNJ como referência nacional. O TRE-MT apresentará um projeto de Linguagem Simples para combater a desinformação e fortalecer a democracia, enquanto o TRT8 mostrará como estruturou a itinerância do Tribunal para ampliar o acesso à Justiça do Trabalho no Pará e no Amapá.

Também estão entre os finalistas iniciativas de colaboração entre tribunais, como o Banco de Sentenças das Justiças Militares, e experiências de gestão, como a do TRE-PA, que levará o case de organização e governança de laboratório de inovação. Segundo o coordenador do Laboratório de Inovação do TJPA, juiz Charles Menezes, o FestLab Nacional é mais do que um espaço de troca de experiências, o evento representa um marco na construção de soluções que unem tecnologia, gestão e serviços judiciais.

Educação – No dia 3 de setembro, duas escolas públicas de Belém vão receber espaços inéditos voltados à criatividade e à transformação social. Serão inaugurados os Laboratórios de Inovação Pai D’Égua na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Palmira Gabriel e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Lauro Sodré.

A iniciativa é coordenada pelo juiz Charles Menezes, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), e faz parte do projeto Lab Mais Pai D’Égua, que descentralizou o laboratório original de Belém para o interior do Estado, já implantado em cidades como Santarém, Marabá e Altamira, e com previsão de expansão para Redenção e Castanhal.

“Nosso objetivo é despertar o interesse pela inovação, ensinar metodologias criativas e permitir que cada comunidade crie soluções para seus próprios desafios”, explica o magistrado.

O trabalho nas escolas começou com oficinas de design thinking e prospecção de ideias, em que os alunos são estimulados a identificar problemas e desenvolver alternativas práticas. As escolas passam por adequações nos espaços de informática, que agora se transformam em laboratórios de inovação, preparados para receber cursos e novas práticas, como o de engenharia de prompt.

Segundo o juiz, o modelo aposta na autonomia.

“Nós damos o primeiro passo juntos, mas a ideia é que os laboratórios caminhem com as próprias pernas, sempre conectados à rede de inovação do Judiciário”.

Com a inauguração nas duas escolas, o projeto reforça a missão de ampliar o acesso à inovação e à cidadania.

“Se for realmente viável, nosso sonho é o projeto se espalhar por outras escolas de Belém e do Estado e até do Brasil”, explicou o juiz.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976