Nesta sexta-feira, 26, os juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos escutaram as representantes das vítimas e do Estado brasileiro do caso Mães de Cabo Frio. Entre junho de 1996 e março de 1997, quase cem bebês morreram vítimas de infecção hospitalar em um mesmo serviço de saúde: a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da CLIPEL, clínica privada conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Era a única UTI para recém-nascidos da Região dos Lagos (RJ). As investigações seguintes apontaram diversas falhas estruturais, mas não foram tomadas medidas de responsabilização e reparação.
A denúncia foi inicialmente apresentada no ano 2000 pela organização Projeto Legal, assumida posteriormente pela Associação Mães de Cabo Frio e, desde 2024, representada pela Justiça Global. A expectativa é que a Corte IDH reconheça a responsabilidade do Brasil e determine reparações concretas no âmbito da saúde materno-infantil e para as vítimas diretas do caso.