Há exatos 29 anos, morria, vitimado por um AVC, em 22 de abril de 1996, Richard Nixon, ex-presidente dos Estados Unidos. Nixon foi um advogado e político norte-americano que serviu como o 37.º Presidente dos EUA, de 1969 até 1974, quando se tornou o primeiro e único presidente americano a renunciar ao cargo. Antes da presidência, Nixon tinha sido membro da Câmara dos Representantes e Senador pelo Estado da Califórnia, além do 36.º Vice-presidente dos Estados Unidos entre 1953 e 1961, na gestão de Dwight D. Eisenhower.
Nixon sofreu um acidente vascular cerebral grave em 18 de abril de 1994, enquanto se preparava para jantar em Park Ridge, Nova Jersey. Um coágulo de sangue resultante da fibrilação atrial que ele havia sofrido durante muitos anos se formou em seu coração superior e viajou até seu cérebro. Ele foi levado para o Cornell Medical Center, em Manhattan, inicialmente alerta, mas incapaz de falar ou mover o seu braço direito ou perna. Danos no cérebro causaram inchaço (edema cerebral), e Nixon entrou em um profundo coma. Ele morreu às 21h08 de 22 de abril de 1994, aos 81 anos, com suas filhas em sua cabeceira.
Nixon acabou com o envolvimento norte-americano na Guerra do Vietnã em 1973 e conseguiu trazer seus prisioneiros de guerra de volta para casa, também sendo capaz de acabar com a convocação militar. Sua visita à China em 1972 abriu as relações diplomáticas entre os dois países, e no mesmo ano conseguiu assinar o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos com a União Soviética. Seu governo geralmente transferiu poderes federais aos estados. Ele impôs controles nos salários e preços por um período de noventa dias, forçou a desagregação de escolas sulistas e estabeleceu a Agência de Proteção Ambiental. Nixon também presidiu sobre a aterrissagem da Apollo 11 na Lua, que marcou o fim da corrida espacial. Nixon foi reeleito em 1972 em uma das maiores vitórias na história das eleições presidenciais norte-americanas.
O ano de 1973 viu a crise do petróleo causar o aumento do preço da gasolina nos Estados Unidos, enquanto as revelações sobre o escândalo político do Caso Watergate escalonaram. As acusações de corrupção e revelações sobre seu envolvimento custaram a Nixon boa parte do seu apoio político, com ele finalmente renunciando à Presidência em 9 de agosto de 1974, antes de um processo de impeachment e remoção do cargo quase certos. Seu sucessor na Presidência, Gerald Ford, oficializou um perdão para Nixon no mês seguinte. Nixon escreveu vários livros e realizou diversas viagens pelo exterior, algo que ajudou a reabilitar sua imagem. Ele sofreu um acidente vascular cerebral em 18 de abril de 1994, morrendo aos 81 anos de idade, quatro dias depois. Historiadores elogiaram Nixon por suas realizações internas e externas como congressista e presidente, mas afirmaram que o Caso Watergate deixou uma marca negativa permanente em seu legado.
Watergate – O termo Watergate foi criado para abranger uma série de atividades clandestinas e muitas vezes ilegais realizadas por membros do governo Nixon. Essas atividades incluíam “truques sujos”, como escutas clandestinas a escritórios de opositores políticos e assédio a grupos ativistas e figuras políticas. As atividades foram trazidas à luz depois que cinco homens foram apanhados invadindo a sede do Partido Democrata no complexo Watergate, em Washington, D.C., em 17 de junho de 1972. O The Washington Post investigou a história; os repórteres Carl Bernstein e Bob Woodward confirmaram em um informante conhecido como “Garganta Profunda” — mais tarde revelado como sendo Mark Felt, diretor associado do FBI — para ligar os homens ao governo Nixon.
O Presidente minimizou o escândalo como sendo mera política, chamando os artigos de notícias de tendenciosos e enganosos. Uma série de revelações deixou claro que o Comitê para Reeleger o Presidente Nixon, e mais tarde a Casa Branca, estavam envolvidos em tentativas de sabotar os democratas. Assessores seniores como o advogado John Dean, da Casa Branca, enfrentaram acusações; no total, 48 funcionários foram condenados por irregularidades.
Em julho de 1973, o assessor Alexander Butterfield testemunhou sob juramento ao Congresso, afirmando que Nixon tinha um sistema de registro secreto com suas conversas e telefonemas no Salão Oval. Estas fitas foram citadas por Archibald Cox, Procurador Especial de Watergate; Nixon forneceu transcrições das conversas, mas não as fitas reais, citando ter privilégio executivo. Com a Casa Branca e Cox em conflito, Nixon demitiu Cox em outubro, no que ficou conhecido como “Massacre de Sábado à Noite”; Cox foi substituído por Leon Jaworski. Em novembro, os advogados de Nixon revelaram que uma fita de áudio das conversas realizadas na Casa Branca em junho de 1972 apresentava uma lacuna de 18 minutos e meio.[208] Rose Mary Woods, secretária pessoal do Presidente, reivindicou a responsabilidade, alegando que acidentalmente limpou a seção ao transcrever a fita, mas seu conto foi amplamente zombado. A lacuna, embora não seja uma prova conclusiva de irregularidades do presidente, lançou dúvidas sobre a declaração de Nixon de que não tinha conhecimento do encobrimento.
À luz de sua perda de apoio político e da quase certeza de que ele seria acusado e removido, Nixon renunciou à Presidência em 9 de agosto de 1974, depois de se dirigir à nação em um discurso transmitido na televisão na noite anterior. O discurso de renúncia foi feito no Salão Oval e transmitido ao vivo no rádio e na televisão.