Faltando um ano e três meses para deixar a Prefeitura de Marabá, Tião Miranda surge com um presente de grego antecipado para a população: um empréstimo de R$ 40 milhões, que deixará o município endividado por vários anos. O projeto de lei pedindo autorização para o empréstimo junto à Caixa Econômica está sendo concluído e analisado pela Procuradoria do Município, devendo ser encaminhado à Câmara de Vereadores para votação nos próximos dias.
O pedido de empréstimo deve chegar menos de um mês depois de Tião ter feito outro empréstimo, de R$ 70 milhões, com a justificativa de usá-lo para a construção da terceira ponte sobre o Rio Itacaiunas. Ou seja, caso esse novo empréstimo aconteça, Marabá terá contraído uma dívida de R$ 110 milhões em menos de dois meses.
Mas o buraco não fecha nesse valor. Tião Miranda ainda pegou em banco parte do empréstimo iniciado por João Salame no valor de R$ 52 milhões, que eram para asfaltar ruas da cidade. Com isso, a dívida do município chega perto dos R$ 150 milhões, haja vista que a Prefeitura ainda não pagou nem a metade desse financiamento, feito em 360 parcelas, ou seja, 30 anos.
“MENINO BIRRENTO”
Tião Miranda vive dias difíceis à frente da Prefeitura de Marabá, com trabalhadores da Educação revoltados com o descaso do governo para com a pauta dos servidores, principalmente relacionada ao reajuste salarial e ao vale alimentação. O Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará) subsede de Marabá, publicou esta semana em texto para que os servidores permaneçam em estado de greve: “Hoje, há um “sumidouro” de recursos da educação. A folha está inchada. A secretaria convoca novos concursados aos montes, ao mesmo tempo que convoca mais contratados, a exemplo do último edital de convocação publicado no dia 06/09. “Ressaltamos que, se não houver um “enxugamento” da folha para retirar as “gorduras”, não teremos nem 1% de aumento, nem poderemos sonhar com hora-atividade!
Com relação ao vale alimentação, o prefeito age como um menino birrento e, parece, que já voltou atrás com sua proposta de 520 reais. Nesta semana, os educadores fizeram protesto em frente à Semed, na segunda-feira, dia 11; hoje, terça-feira, o ato de manifestação foi em frente à Secretaria de Obras, onde despacha o prefeito Tião Miranda; amanhã, quarta, de volta à Semed; e na quinta-feira, dia 14, estão planejando um ato público unificado com os demais sindicatos, na Sevop”.
(Luciana Araújo) Correio de Carajás