Uma denúncia enviada a O Antagônico aponta para uma suposta funcionária do TJE do Pará que aplicou golpes em várias pessoas vendendo cargos dentro do Tribunal. A servidora, que teria mais de 30 anos de profissão, de prenome Maria de Fátima, atuando hoje no setor de protocolo do prédio do TJE na avenida Almirante Barroso, com a ajuda de um comparsa, cobra R$ 10 mil reais por uma vaga na folha de pessoal do TJE paraense. Mais de 40 pessoas caíram no golpe.
Maria de Fátima recebe R$ 5 mil de adiantamento ficando o restante para quando “sair a nomeação”. Para reforçar o golpe, o comparsa de Maria diz para as vítimas que a servidora tem muita influência junto à presidência do TJ e também com um desembargador alcunhado como “barbudo”.
O surpreendente nesta história é a constatação de que pessoas ainda caem neste tipo de golpe, acreditando que uma funcionária do protocolo (que deve ser a terceira pessoa depois de ninguém na corte) teria poderes ou articulação para nomear alguém. Isso seria, para dizer o mínimo, ingenuidade ao quadrado.
Publicamos abaixo áudios e conversas de chat travados entre a tal servidora do TJ. No áudio, uma pessoa pressiona “Maria de Fátima” a devolver o dinheiro, uma vez que seu comparsa (foto abaixo), que seria a ponte entre as vítimas e a servidora, teria fugido para o Rio de Janeiro.
Na conversa via chat, uma vítima pede o dinheiro de volta e Maria de Fátima diz que a nomeação vai sair, só estando pendente de uma “ordem de cima”. O Antagônico enviou cópia da denúncia para a Polícia Civil do Pará. Tentamos, sem sucesso, contato com o TJE para checar se existe alguém de nome Maria de Fátima trabalhando no protocolo do tribunal na Almirante Barroso. Abaixo publicamos os áudios e as conversas: