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Ouro Ilegal

Itaituba. A PF. O Ouro Ilegal. O Pai Preso. Os Filhos Foragidos

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Uma família do Paraná foi alvo de uma operação da Polícia Federal e da Receita Federal, nesta quarta-feira, por comandar um esquema de garimpo ilegal e lavagem de dinheiro em Rondônia e Amazonas. De acordo com as autoridades, o grupo teve R$ 2 bilhões em bens e valores apreendidos. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Itaituba.

O pai da família foi preso pela Polícia Federal. Dois filhos, no entanto, seguem foragidos, alvos de mandados de prisão preventiva. No total, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Porto Velho, Manaus e Itaituba. Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, usurpação de bens da União, falsidade ideológica e uso de documento falso. Entre 2019 e 2023, cerca de uma tonelada de ouro de origem ilícita foi vendida pelo grupo. Em geral, o destino do minério era o exterior, em operações realizadas por uma empresa de Goiânia (GO).

A investigação começou após a Receita Federal apreender, em setembro de 2022, 15 barras de ouro (cerca de 7,5 kg) no Aeroporto Internacional de Belém. Na época, a PF calculou o valor do material em mais de R$ 2 milhões. O ouro estava na bagagem de um passageiro que iria deixar a capital paraense com destino a Campinas e chamou a atenção ao passar pelo raio-X. O dono da bagagem foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal em Belém. Ele negou qualquer crime e apresentou uma nota fiscal. Sem flagrante, o homem foi liberado. O ouro e a nota fiscal ficaram em posse das autoridades e passaram por perícia.

As investigações revelaram a existência de uma organização criminosa comandada por uma família do Paraná, que atuava na extração e comércio de ouro ilegal em Rondônia e Amazonas. Permissões de Lavra Garimpeira (PLG) não utilizadas, ou subutilizadas, de duas cooperativas do Pará eram usadas, posteriormente, para dar ares de legalidade ao esquema, assim como empresas sediadas em Curitiba. Seis empresas investigadas tiveram suas atividades suspensas, assim como as duas Permissões de Lavra Garimpeira de uma cooperativa do Pará.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976