O Antagônico publica hoje os bastidores da nomeação dos advogados Flávio Jardim e Eduardo Martins para as duas vagas da OAB no TRF-1, decisão de Lula que frustrou a região norte de ter um desembargador na corte. Os dois candidatos nortistas eram Diogo Conduru, do Pará e Rebeca Moreno, de Roraima, a única mulher na lista tríplice.
Segundo o que foi apurado por O Antagônico, houve um empate de Flávio e Conduru entre os que aconselham Lula. Mas, porém, contudo, outro ministro, além de Gilmar Mendes, entrou em campo para liquidar a fatura a favor de Flávio: o recém-chegado Flávio Dino, que, diga-se de passagem, é maranhense, estado vizinho ao Pará.
O que se pode aferir da disputa é que Diogo Conduru, o mais votado entre os advogados, saiu grande, com respeito no tribunal e entre seus pares. Conduru, verdade seja dita, não deixou de ser nomeado por razões políticas, tendo apoio significativo de parte do palácio e da esquerda. Esses fatores, aliados ao bom trânsito no judiciário, devem render bons frutos à trajetória do advogado paraense.
A disputa pela vaga colocou Conduru no radar de figuras importantes em Brasília, entre eles, do ministro Gilmar Mendes, que lhe teceu elogios. Gilmar é orientador do doutorado de Conduru, cacife que pode lhe reservar muita visibilidade no futuro próximo, tornando da derrota uma “queda para cima”.
“Submeti meu nome ao processo despido de qualquer vaidade, respeitando a prerrogativa de escolha de todas as autoridades, inclusive do presidente da República. Os colegas escolhidos são preparados para o desempenho da tarefa e irão representar a advocacia. O importante é que nosso recado foi dado. É lamentável que um tribunal deste porte não tenha sequer um representante do Pará, sob o qual possui jurisdição”.
Disse Conduru a O Antagônico.