Parece que a ambição do Rei dos Estacionamentos de Belém, Henrique Nassar, não conhece limites. Como já denunciado anteriormente pelo Antagônico, o empresário, que é amigo do peito do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, visto que é um dos únicos que consegue receber pagamentos em dia da Prefeitura, comanda um verdadeiro cartel de estacionamentos em Belém e outros estados utilizando empresas registradas no nome de funcionários para encobrir seu controle.
A joia do seu império é a Intelpark, nome fantasia da HMSN Parking LTDA, que administra uma série de estacionamentos em locais estratégicos da cidade, como edifícios comerciais e órgãos públicos. Até 2022, a Intelpark explorava o estacionamento do Aeroporto Internacional de Belém.
No entanto, por não cumprir as obrigações contratuais estabelecidas, a INFRAERO entrou com uma ação judicial para retomar a posse do estacionamento. Em seguida, realizou uma licitação eletrônica, vencida pela MAAT Logística e Serviços Aeronáuticos LTDA.
A estratégia de Henrique, porém, não parou por aí. Ele participou do certame por meio da Parko Estacionamento, empresa registrada no nome de seu braço direito e administrador das suas empresas, André Luiz Rodrigues de Paiva, numa possível tentativa de manter o controle sobre o estacionamento do aeroporto, o que pode configurar fraude à licitação, conforme a Lei 8.666/93, a Lei de Licitações e Contratos Administrativos.
Descontente com o resultado da licitação, Henrique, por meio da Parko e de André, ingressou na Justiça com um mandado de segurança, buscando anular o resultado do processo licitatório e retomar o controle do estacionamento, numa manobra que lembra o famigerado “tapetão” do futebol.
A prática de utilizar “testas de ferro” para controlar empresas e fraudar licitações é uma violação grave à legislação, e cabe agora ao Ministério Público Federal garantir que os responsáveis sejam devidamente investigados.