Exclusivo: em votação sigilosa realizada na manhã desta sexta-feira, 13, os juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, a unanimidade, acataram, em parte, a exceção de suspeição contra o juiz eleitoral de Tucuruí, José Jonas Lacerda e anularam todas as decisões do mesmo que envolvam o interesse, direto ou indireto, do prefeito Alexandre Siqueira. E é ai que o próprio TRE fica em sinuca de bico.
Na decisão desta sexta-feira, todos as decisões eleitorais de 2024, do juiz José Jonas, envolvendo os interesses de Alexandre Siqueira foram anuladas. Ocorre que uma dessas decisões, justamente o registro de candidatura do prefeito, foi deferida por José Jonas e referendada pelo próprio TRE, pelo placar de 5X2, sendo que o MP eleitoral e a coligação adversária já recorreu da decisão ao TSE.
Diante disso a pergunta que não quer calar: O TRE paraense, que reconheceu, a unanimidade, a suspeição do juiz em relação ao prefeito, vai referendar o deferimento de candidatura emanado pelo juiz suspeito? Ou vai rediscutir o registro a partir da visão de um magistrado isento?
Na decisão, cujos detalhes não podem ser divulgados por imposição de segredo (sigilo sabe-se lá porque cargas d’água), os juízes isentaram o promotor eleitoral Charles Pacheco da suspeição nos processos eleitorais envolvendo o prefeito. No entanto, os julgadores mantiveram a suspeição do magistrado, por conta da situação da esposa, que é funcionária da prefeitura, situação que fatalmente aterrizará na Corregedoria do TJE do Pará.
Enquanto o caldo vai entornado, neste sábado, 14, lideranças e entidades de Tucuruí farão uma caminhada no município clamando por eleições limpas, em clara referência a situação do juiz eleitoral José Jonas, reconhecidamente suspeito para presidir o processo eleitoral local.
E a coisa promete esquentar mais ainda porque, já na segunda-feira, 15, o TRE deverá apreciar a problemática envolvendo o partido Solidariedade em Tucuruí, o que deve decidir o destino da ex-deputada e candidata a prefeita Eliane Lima, que está à frente nas pesquisas de intenções de voto e que se tornou o pesadelo do prefeito Alexandre Siqueira, cuja candidatura respira com “ajuda de aparelhos”, uma vez que teve mandato cassado no TRE do Pará e no TSE já tem três votos para referendar a decisão da corte paraense, sacramentando a sua cassação e consequente inelegibilidade. Aguardemos!!