O Complexo de Minério de Ferro de Carajás, um dos maiores ícones da mineração global, está prestes a se tornar o palco de uma revolução na produção de cimento. A Circlua, uma empresa criada pela Vale para implementar soluções de “cimento verde” um tipo de cimento ativado com baixa emissão de carbono, que utiliza rejeitos da mineração firmou um contrato de projeto de engenharia com a empresa Thyssenkrupp Polysius.
A Polysius será responsável pela construção da maior planta de argila ativada do mundo, com capacidade de produção de 960 mil toneladas por ano (equivalente a 3.000 toneladas por dia). Apesar de o valor total do investimento ainda não ter sido revelado, o projeto já atrai atenção por sua magnitude e inovação.
a nova planta será amplamente alimentada por eletricidade renovável e utilizará argila extraída diretamente do complexo de Carajás, operado pela Vale. Esse modelo deve impulsionar a sustentabilidade e posicionar o Pará na vanguarda de soluções de construção ambientalmente conscientes.
Christian Myland, CEO da Thyssenkrupp Polysius, destaca a importância do empreendimento: “Estamos honrados com a parceria neste projeto histórico. Aproveitando a argila local de alta qualidade e nossa tecnologia de ponta em argila ativada, esta planta estabelecerá um novo padrão para uma produção de cimento consciente do carbono.”
Outro ponto de destaque foi enfatizado pelo Dr. Luc Rudowski, chefe de inovações da empresa, que ressaltou o impacto ambiental positivo da iniciativa: “Combinar a tecnologia de argila ativada com energia renovável é um divisor de águas para reduzir a pegada de carbono da indústria.”
A Thyssenkrupp Polysius já possui experiência em projetos similares. Atualmente, está implementando a primeira planta de argila ativada baseada na tecnologia para a Cimpor Global Holdings, nos Camarões. Essa planta tem contribuído para a redução de 120 mil toneladas de emissões de CO₂ por ano, um marco que reforça a eficiência dessa tecnologia no setor.