Sabe-se agora: a Operação Stall, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema criminoso de compra de votos na prefeitura de Tucuruí, foi autorizada em dezembro de 2024, pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário, recém-eleito presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Como o magistrado saiu de férias, a desembargadora Maria Filomena foi quem determinou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, realizados nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 30.
Na verdade, o prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira, já é velho conhecido da polícia e, volta e meia, está envolvido em denúncias de corrupção, fraude e participação em organização criminosa. Antes mesmo de virar prefeito, Alexandre foi preso pela polícia civil do Pará por envolvimento em roubo de carros.
Em 2018, ele foi acusado de participação no assassinato do ex-prefeito, Jones William, executado com vários tiros em plena luz do dia. Eleito em 2020, Siqueira teve o mandato cassado por compra de votos e abuso de poder político e econômico. Graças a tolerância e inércia da justiça, Alexandre voltou ao cargo por força de liminar. Mesmo com a cassação mantida pelo TRE, o prefeito recorreu para o TSE, se mantendo no cargo. E ai, caros leitores, vem a baila aquilo que é difícil de entender: Mesmo já com 3 votos confirmando a cassação imposta pela corte eleitoral paraense, o Tribunal Superior Eleitoral, além de não concluir a votação, sabe-se se lá porque cargas dágua, ainda permitiu que Alexandre Siqueira concorresse as eleições municipais de 2024, tendo sido reeleito com o mesmo modus operandi: compra de votos e abuso de poder político e econômico. Durma-se com um barulho desses!!
Agora, diante de mais essa incursão da PF em Tucuruí, com destaque na mídia estadual e nacional, é de se esperar que o TSE retome um julgamento que, se concluído, teria contido a sangria dos cofres de Tucuruí. Até quando??