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Salinas. O Pastor Edson Reda. A Excursão. O Calote no Hotel. Os Passageiros e o Perrengue 

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Uma excursão organizada pelo pastor Edson Reda, do Acre, resultou em transtornos para os passageiros. A viagem, que tinha como destinos Salinas, no estado do Pará e Fortaleza, no Ceará, acabou se tornando uma experiência negativa, com atrasos na partida, problemas no abastecimento do ônibus e falhas na hospedagem. A passageira Alynne Araújo dos Santos, 34 anos, relatou a frustração com a excursão, que teve que ser interrompida em Salinas devido a um impasse entre Reda e a empresa de ônibus, que exigia o pagamento antes de seguir viagem. Segundo Alynne, o prejuízo ultrapassou os R$ 3,4 mil.

“Iniciamos a viagem no dia 17, que era quando deveríamos ter saído de Rio Branco, mas houve um atraso e só partimos no dia 18, pela manhã. A viagem durou até os dias 24 ou 25 de fevereiro, quando passamos nossa última noite no hotel em Salinas. Nesse dia, quem havia comprado passagens de avião de Salinas para Rio Branco retornou. Se não me engano, isso aconteceu no dia 25 de fevereiro. Quando chegamos a Salinas, ele nos colocou no hotel, tomamos banho e fomos dormir. No dia seguinte, o ônibus nos levou para a praia. Foi o único momento de paz que tivemos. Passamos o dia em Salinas, mas, à tarde, por volta das duas ou três horas, o motorista informou que o responsável pela excursão havia mandado trancar o ônibus e que ele não sairia mais, pois o pagamento ainda não havia sido feito”, contou a passageira.

Calote no hotel –  Outro problema grave foi a falta de pagamento da hospedagem. “Quando voltamos ao hotel, começamos a conversar sobre a situação e ficamos desesperados, sem saber como voltar para casa. Os funcionários perceberam nossa preocupação e avisaram o dono do hotel. Foi aí que descobrimos que a estadia também não estava paga. Muita coisa aconteceu”, relatou. A situação se agravou, e o caso foi parar na delegacia. No entanto, nada pôde ser feito devido à ausência de contratos entre o organizador da excursão, a empresa de ônibus e os passageiros.

“Havia uma tenente aposentada com a gente, e chamamos a polícia. Apenas ela nos representou na delegacia de Salinas. Lá, cada um contou sua versão, mas o delegado (ou delegada, não sei ao certo) informou que não poderia tomar nenhuma medida, pois não existia nenhum contrato formal. Tudo foi acertado verbalmente. Reda vendia os pacotes sem contrato, sem recibo, sem nada — e acabamos caindo nessa armadilha. O dono do ônibus também não havia feito contrato com ele, o que sugere que já se conheciam. A delegada explicou que, sem contrato, ele não poderia ser obrigado a nos levar de volta. Cada um teria que se virar. O clima foi de revolta, com confusão e presença da polícia”, disse.

Trancados – Com o hotel sem pagamento, o dono tomou uma medida drástica e trancou os passageiros dentro do local, impedindo a saída até que a dívida fosse quitada. “O proprietário tentou resolver a situação, dando um prazo até as cinco horas da tarde para que Reda pagasse pelo menos uma parte do valor devido. Caso contrário, poderíamos sair apenas no dia seguinte, mas teríamos que pagar pelo menos a última diária”, explicou Alynne.

Diante da incerteza, um grupo de 14 pessoas, incluindo Alynne e seu marido, alugou uma van e seguiu viagem para Fortaleza. Já outros 20 passageiros permaneceram no hotel aguardando um ônibus para retornar a Rio Branco. Os passageiros que voltaram de ônibus tiveram que arcar com os custos do combustível.

“No fim, quem voltou no ônibus precisou pagar cerca de R$ 900 por pessoa para abastecer o veículo. Não sei exatamente quantas pessoas seguiram no ônibus, pois nós nos separamos do grupo e seguimos para Fortaleza de van. Mas quem ficou teve que bancar o combustível da viagem de volta até Ji-Paraná”, contou.

Após o ocorrido, Alynne decidiu expor a situação para evitar que outras pessoas sejam prejudicadas. “Agora, vendo que ele continua vendendo passagens normalmente, como se nada tivesse acontecido, resolvi denunciar. Ele vai enganar mais gente. Depois do que passamos, descobri que essa não foi a primeira vez. Uma blogueira relatou um caso semelhante, e ele segue vendendo pacotes de viagem. As pessoas continuam sendo enganadas. Havia uma excursão programada logo depois da nossa, mas ele cancelou. Entrei em contato com algumas pessoas desse grupo, e todas estavam revoltadas. Ele não responde mensagens, não dá nenhuma satisfação. O pessoal fala com ele, mas ele simplesmente ignora. Todos indignados porque tiveram a viagem cancelada”, afirmou. O Antagônico deixa o espaço aberto para, caso queira, as pessoas citadas se manifestem.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976