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Máfia da Invasão

Tomé Açu. A PF. A Operação Caronte. As Empresas de Dendê e a Máfia da Invasão

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A operação Caronte, deflagrada pela Polícia Federal, jogou luz sobre o esquema torpe em execução no Estado do Pará: servidores públicos e falsas lideranças indígenas e quilombolas uniram-se para praticar crimes de invasão, esbulho possessório, depredação de patrimônio e roubo de produção agrícola contra empresas que há décadas geram emprego e riqueza na região. Entre os principais alvos da organização criminosa figuram gigantes como a Agropalma S.A. e a Brasil BioFuels (BBF) — empresas que, além de gerar milhares de empregos diretos e indiretos, recolhem milhões em tributos, sustentando a economia de diversos municípios.

O modus operandi era bem definido: invadia-se propriedades produtivas sob o pretexto de “reivindicações tradicionais”, armava-se um verdadeiro aparato de milícia privada, com homens armados ameaçando trabalhadores e gestores, e, assim, tentava-se impor acordos ilegais ou provocar prejuízos bilionários para as empresas. O Judiciário, felizmente, também já começou a separar o joio do trigo.

A Vara Agrária de Castanhal reconheceu expressamente a ilegitimidade de diversas dessas ocupações criminosas. No processo nº 0000134-92.2023.8.14.0055, movido pela Agropalma, foi determinada a reintegração de posse em favor da empresa, afastando qualquer direito possessório dos invasores, que sequer comprovaram a relação tradicional com a área.
Em outra ação, nº 0800435-18.2022.8.14.0055, ajuizada pela BBF, o magistrado também reconheceu o esbulho possessório praticado, determinando a saída imediata dos ocupantes e reforçando que “a mera autodeclaração não legitima invasões violentas em propriedades produtivas regulares”.

Essas decisões expõem o que sempre se suspeitou: não se trata de luta legítima por terras, mas sim de um projeto criminoso de saque e destruição, sustentado por militantes pagos, políticos oportunistas e agentes públicos comprometidos com interesses escusos. A Polícia Federal, em seu relatório, deixou claro: a atuação organizada dessas lideranças desviadas configura formação de milícia armada, tipificada como grave ameaça à ordem pública e econômica do Estado.

Enquanto isso, a conta é paga pela sociedade paraense: perda de empregos, insegurança jurídica para novos investimentos, queda na arrecadação tributária e aumento da violência no campo. O Pará precisa, urgentemente, resgatar a legalidade e a segurança jurídica.
Não se combate desigualdade com crime. Não se promove justiça social destruindo quem produz, gera trabalho e recolhe impostos.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976