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Ataque

A Igreja. A Criança. O Choro. A Mulher. O Ataque com Spray de Pimenta

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Uma médica foi presa suspeita de atacar uma família com um spray de pimenta durante uma missa, na Catedral Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí (SP), na noite de domingo (22). Conforme o boletim de ocorrência, Livia Maria Ponzoni de Abreu, de 41 anos, teria se irritado com o barulho que a filha de um casal, de apenas dois anos, estava fazendo durante a celebração religiosa. Por este motivo, ela usou o spray contra a menina, a mãe e o pai dela.

O ataque, que aconteceu na Igreja da Matriz, causou uma crise forte de tosse na criança, com vômitos e irritação nos olhos. Os pais dela também caíram no chão após a exposição ao agente químico. O gás se espalhou pela igreja e também provocou mal-estar em outros fiéis. Após a celebração, todos saíram da igreja. A mulher entrou em um carro e sofreu represálias da população, mas o tumulto foi contido pela Guarda Civil Municipal (GCM). A criança precisou ser socorrida com urgência, foi medicada e segue se recuperando. A médica deve passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira. O caso foi registrado como lesão corporal e é investigado.

Em nota, a Diocese de Jundiaí repudiou o caso e disse que, além de causar tumulto, foi uma “agressão que constitui grave violência contra o espírito de comunhão, respeito e fraternidade” que deveria reinar nos espaços sagrados.

“A Diocese de Jundiaí expressa solidariedade às vítimas do ocorrido e reafirma seu compromisso inegociável com a não violência, a defesa da dignidade humana e a promoção da paz — princípios inalienáveis da fé cristã. Confiamos às autoridades civis a devida apuração dos fatos e a tomada das providências cabíveis, com respeito ao devido processo e à verdade”, diz o documento.

O padre Sílvio Andrei, porta-voz da Diocese de Jundiaí, informou que, devido uma manutenção interna, as câmeras de segurança da igreja estavam desligadas no domingo à noite e, por isso, não registraram a agressão.

“Pegou-nos todos de surpresa, tanto o padre Rafael Godoi que estava presidindo a Santa Missa, quanto todos os fiéis que estavam participando da missa. Vimos isso como algo caso isolado e, ao mesmo tempo, temos uma certa indignação porque temos que exercitar a paciência e a tolerância uns com os outros. Estamos à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento”, explicou.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976