Existem muito mais “forças ocultas” envolvendo o prestígio do advogado Diogo Condurú, hoje um dos juristas com assento no TRE do Pará, do que pode supor a nossa vã filosofia. Esta afirmação encontra eco em uma impugnação protocolada no TRE do Pará que deverá mudar o rumo da escolha do novo juiz da corte para os próximos dois anos.
Para entrar neste tema é necessário rememorar a partir do momento em que o TRE, por meio do Edital nº. 01/2022, declarou aberta as inscrições de advogados para o processo seletivo de lista tríplice destinada ao provimento da vaga de membro efetivo do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, decorrente do encerramento do biênio de Diogo Condurú.
Como manda a praxe, a presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em cumprimento ao art. 2º da Resolução nº. 24/2017 do TJPA comunicou o presidente da OAB Pará, Eduardo Imbiriba, a respeito da publicação do Edital, mediante ofício protocolizado no dia 29 de setembro de 2022.
Desnecessário lembrar aqui que Diogo é muito prestigiado na atual gestão da OAB. Tanto isso é verdade que o mesmo atuou como presidente da Comissão Eleitoral nas eleições passadas, cujo resultado está sendo questionado na justiça federal. Após as eleições, a atual gestão da OAB defenestrou o advogado Francisco Freitas da presidência do Tribunal de Ética e Disciplina da instituição, nomeando, não por acaso, Diogo Condurú.
Desde então, o advogado virou “coca-cola” em todos os eventos da OAB, palestrando e ganhando visibilidade. O que se diz, à boca pequena, é que o atraso na publicação do Edital do quinto constitucional para preenchimento da vaga do de Milton Nobre no TJ do Pará tem o dedo, a mão e o braço de Condurú, candidato preferido da cúpula da atual gestão da OAB.
Manter-se no Tribunal Regional Eleitoral – ou colocar alguém de confiança no seu lugar – é fundamental para a estratégia de Diogo para acessar o quinto do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Isso, em tese, seria uma missão difícil, dada a concorrência ampla na disputa da vaga.
Para facilitar seu caminho, Diogo contou com seu grande parceiro, a OAB/PA, que simplesmente não divulgou a abertura da vaga no Tribunal Regional Eleitoral, em que pese oficialmente informado, fazendo toda a classe passar batida. Com efeito, o resultado não poderia ser outro.
Inscreveram-se quatro candidatos para a vaga do Tribunal Regional Eleitoral: Diogo Condurú e outros três advogados que trabalham em parceria ou possuem relação estreita com o mesmo. Segundo uma fonte próxima de Diogo, Daniel Darcier Lobato Sá Pereira foi do escritório e faz parcerias na área de atuação de Diogo; Bruno Natan Abraham Brenchimol, trabalha com o Diogo, e Dirceu Riker Franco também é um advogado que atua junto com o Diogo, mas um pouco mais afastado.
Como desgraça só quer começo, para embolar o meio de campo foi apresentada impugnação ao Edital nº. 1/2022-SJ, requerendo a abertura do certame. Isso porque os requerimentos dos quatro candidatos, bem ao estilo de licitação do interior, foram organizados na mesma ordem, com fonte e textos idênticos. Até parece que foram elaborados pela mesma pessoa !!! Será ??