A quinta-feira (30/3) foi marcada pelo grande embate na formação dos preços no mercado físico do boi gordo, informa a S&P Global Commodity Insights. “As cotações da arroba seguem com tendência de alta nas principais regiões produtoras do País, sobretudo nas praças que atendem ao mercado externo”, afirma a consultoria.
No entanto, apesar da especulação altista no mercado do boi gordo, muitas indústrias ainda atuam com cautela, de olho na dinâmica do consumo interno de carne bovina, que continua derrapando. Neste mesmo sentido, o monitoramento da S&P Global Commodity Insights captou tentativas em limitar movimentos maiores de altas na arroba, sobretudo nas cotações dos animais voltados ao mercado doméstico (sem prêmio-exportação). “Essa categoria animal (“boi comum”) permanece com oferta folgada, porém o apetite comprador por parte das indústrias é ajustado devido às grandes dificuldades em escoar a produção no atacado/varejo”, ressaltam os analistas.
De toda forma, diz a consultoria, o mercado segue balizado pela aquecida demanda internacional, sobretudo da China, que depois de derrubar o embargo ao produto brasileiro intensificou as suas compras no País. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, nos primeiros dias desta semana, a cotação do boi gordo abatido em São Paulo (uma das principais referência para as outras praças pecuárias do País) reagiu, alargando as escalas de abate dos frigoríficos locais. Com isso, os preços de compra de boiada gorda seguiram estáveis nesta quinta-feira.
O macho terminado é negociado por R$ 287/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilhas gordas são vendidas por R$ 257 e R$ 275 (preços brutos e a prazo), informa a Scot. Para o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade), a oferta média está em R$ 300/@, com negociações pontuais em até R$ 310/@, acrescenta a Scot. Pelo levantamento da S&P Global Commodity Insights, em SP, PR e MS, os preços da arroba permanecem estáveis, “porém o viés de alta é animador para o mês de abril”. “As condições de pasto ajudam a manter o gado nas propriedades sem riscos de perda de peso e qualidade, ao passo em que pecuaristas galgam melhores condições de preços”, afirmam os analistas.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta quinta-feira, 30/3
(Fonte: S&P Global)
PA-Redenção:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PA-Marabá:
boi a R$ 240/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)
SP-Noroeste:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 221/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca R$ 236/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
TO-Araguaína:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)