A fábrica de produção de açaí flutuante é um empreendimento da Bertolini que emprega 50 profissionais, uma indústria de primeiro mundo, com capacidade para processar 40 toneladas de açaí por dia e de armazenar 300 toneladas de polpa congelada. O fruto vem direto nas comunidades ribeirinhas.
“Hoje, abastecemos mais de vinte clientes no Brasil, os principais estão em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Mas, esse açaí é também para a exportação. Procuramos atender todos os requisitos e certificações exigidos nos Estados Unidos, na Europa, nos Emirados Árabes, no Japão para começarmos a exportar”, enfatiza Fábio Gobeth, assessor da presidência das Empresas Bertolini.
A empresa teve toda a preocupação com a sustentabilidade em todos os aspectos, inclusive na geração de energia elétrica. “Instalamos painéis solares tanto em cima quanto ao redor da balsa. Boa parte da nossa energia elétrica vai ser gerada ainda por queima do caroço de açaí, com a utilização de uma turbina a vapor”, comemora Gobeth.
A Bertolini já investiu mais de R$ 30 milhões na Balsa Açaí, que operou até o momento em fase experimental e, em três viagens, processou mais de mil toneladas do fruto. A fábrica passará a operar 100% em setembro. “Nós estamos levando desenvolvimento econômico e social aliado à conservação ambiental para o interior da Amazônia”, complementa Fábio.
A Fábrica flutuante de Açaí é o case que vai ser apresentado no Seminário “Caminhos para a prosperidade na Amazônia – economia, sociedade e meio ambiente, o equilíbrio indispensável”, a ser realizado pela Associação PanAmazônia, em parceria com a Federação do Comércio do Estado do Pará, no dia 7 de agosto, para 150 empresários, com o objetivo de promover debates sobre a importância da liberdade econômica para o desenvolvimento regional e, consequentemente, para a solução dos problemas sociais e ambientais.
“O desenvolvimento econômico é indispensável para a preservação da floresta. A pobreza é a principal causa da degradação ambiental. Nós lutamos pelo progresso, único meio de garantir a conservação da floresta, assim como uma vida digna para as populações da Amazônia”, explica Belisário Arce, fundador e Diretor Executivo da Associação PanAmazônia.
A programação vai discutir temas que são fundamentais para o progresso da região amazônica, como “Desafios do empreendedorismo na Amazônia”, tema da palestra de Paulo D’Carli, CEO da Dessana Mining, que pontua que “a prosperidade e a preservação ambiental, a paz e o desenvolvimento da região, somente serão possíveis através do fomento das atividades econômicas e não existe atividade econômica sem empreendimentos e empreendedorismo”.
A PanAmazônia é uma Organização Não Governamental que, desde sua fundação, em 2010, vem promovendo os ideais do liberalismo econômico e da primazia da livre iniciativa como pressupostos para o desenvolvimento econômico da Amazônia, sem o qual não há solução para o drama social e ambiental da região.
Ademais, a PanAmazônia trabalha intensamente para fomentar a cooperação e estreitamento de laços entre empresas da Amazônia, o que se considera importante contribuição para a integração, o fortalecimento e a prosperidade regional.
A rede de associados da PanAmazônia conta, atualmente, com 126 empresas e alcança toda a Amazônia continental, os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, e nos seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Fonte: A Crítica