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A Aeroriver. A Aeronáutica. Os Rios da Amazônia e o Barco Voador

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A tecnologia de ponta está chegando nas áreas mais longínquas de terras tupiniquins. A partir de 2025 as lanchas e barcos que diariamente sobem e descem os rios da Amazônia serão coisa do passado. Já ouviu falar do Monstro do Mar Cáspio? Esse foi o nome dado pela inteligência norte-americana aos ecranoplanos russos (veículo que combina características de barcos e aeroplanos), utilizados durante a Guerra Fria. Se o nome lhe é familiar, saiba que o Brasil em breve ganhará um modelo parecido, mas com intenções muito diferentes, que prometem revolucionar o transporte de cargas e pessoas na Amazônia.

O projeto em questão se chama Volitan, e foi desenvolvido pela startup AeroRiver, incubada no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e criada em 2021, por engenheiros da região Norte do Brasil. A proposta é que o “barco voador” seja o primeiro ecranoplano do mundo destinado a operações fluviais, inicialmente, nos rios amazônicos.

A ideia não surgiu por acaso, já que a região amazônica soma aproximadamente 6,74 milhões de km², e faz conexões entre suas 62 cidades, principalmente, pelos rios — tarefa nem sempre fácil, por conta dos problemas logísticos da região. Segundo a startup, o Volitan promete chegar a esses destinos em um terço do tempo do que levariam as lanchas mais velozes do mercado.

Os aviões voam graças a baixa pressão produzida sobre suas asas. O Volitan, por sua vez, é inspirado nos ecranoplanos, que utilizam o efeito solo — que causa uma sobrepressão sob as asas de formato especial — , criando um “colchão de ar” que dá sustentação à aeronave em voo rasante, normalmente sobre uma superfície aquática — mesmo que ele também funcione em terra firme.

Com 18 metros de comprimento, o barco voador terá autonomia para percorrer uma distância de até 450 quilômetros sem reabastecer, operando a uma altura entre 5 e 10 metros da água, com velocidade de 81 nós (150 km/h). Essa máquina será capaz de transportar dez passageiros, ou, ainda, uma tonelada de carga, emitindo, de acordo com a empresa, menos dióxido de carbono (CO2) do que embarcações e aeronaves tradicionais. Atualmente, o barco voador passa por testes técnicos.

De acordo com Bortolete, um sistema de controle está sendo desenvolvido, para que a altura do veículo em relação a superfície não seja controlada pelo piloto, mas, sim, já configurada, fazendo com que o Volitan possa manter o nível determinado de altura (150 metros) automaticamente.

A AeroRiver espera que um protótipo do Volitan realize seu primeiro voo sob o efeito solo em 2025, e a certificação do veículo — que ainda terá suas normas definidas por órgãos reguladores no Brasil — está programada para 2026, quando o barco voador deve estrear no mercado. Veja abaixo os vídeos:

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976