Calada, Manu Bahtidão é uma poetisa. Isto fica claro porque a cantora tornou-se o centro de uma controvérsia após publicar um vídeo em que afirma que “o Pará está na moda do nada”. A declaração, interpretada por muitos como irônica, não passou despercebida e rapidamente recebeu respostas de outras artistas, incluindo Joelma e Gaby Amarantos. Ambas ressaltaram a importância de décadas de trabalho árduo para elevar a cultura paraense ao reconhecimento atual.
“A questão não é ela não ter nascido no Pará, mas sim que ela quer carregar uma bandeira que não foi ela quem criou. Joelma e Gaby sempre foram convidadas para programas nacionais. Se a Manu tivesse a humildade de reconhecer que não foi a precursora, talvez tivesse mais espaço,” comentou uma seguidora.
Outro internauta disparou:
“Rebecca Lindsay é de outro estado e nós a amamos. A Manu tem um comportamento vergonhoso e não representa nós, paraenses.”
Em defesa de Manu, o produtor e marido Anderson Halliday criticou a reação dos artistas.
“Ridículo isso! Quando gravamos a música ‘Par Perfeito’, o cenário musical do Pará era completamente diferente. Muitas bandas pararam de gravar e outras migraram para o arrocha. Agora, se uniram para excluir a Manu apenas porque ela não nasceu no Pará. A música é uma forma de arte livre; você não precisa nascer em um estado para representar um estilo musical. Deveriam agradecer pelo que a Manu fez pela música paraense.”
Em resposta à Manu Bahtidão, Gaby Amarantos defendeu a cultura local.
“O Pará está na moda SIM, e isso se dá por conta do trabalho de nós, artistas nascidos e criados nessa terra, que divulgamos e amamos nossa cultura há séculos. Tão bom colher os frutos com mulheres como Joelma, Fafá, Dona Onete e ver novas estrelas como Zay e Vivi surgindo!”.
Joelma, conhecida pelo seu ritmo Calypso e com uma carreira de mais de 20 anos, também se manifestou.
“Mais de 20 anos de carreira e um Grammy, né, mana?! A construção vem de muitos anos. Hoje eu tô com 50 anos de idade e mais de 30 de carreira e sinto que o Pará está onde sempre deveria estar. Vamos manter nossa cultura sempre viva como fizemos no passado e estamos fazendo agora.”