A mineradora anglo-australiana South32 se tornou, no ano passado, a segunda maior acionista da Mineração Rio do Norte, uma das maiores produtoras de bauxita do mundo, com minas instaladas no noroeste do Pará. A Alcoa Alumínio, a Alcoa World Alumina e a Alcoa World Alumina Brasil transferiram a totalidade das suas ações ordinárias e preferenciais na MRN à South32, cuja participação passou de 15% para 33%. Dos 2,2 bilhões de reais que a mineradora faturou vendendo para seus sócios, a South32 foi o maior cliente, pagando R$ 723 milhões. A principal controladora da MRN continua a ser a Vale, com 40%.
Os outros sócios são a também anglo-australiana Rio Tinto (com 12%), a CBA, do grupo Ermírio de Moraes, (10%) e a norueguesa Hydro (5%.). Em termos nominais, a partilha ficou dividida ao meio entre empresas nacionais e estrangeiras. Mas como há participação estrangeira na antiga estatal, o peso real pode ficar mais para as multinacionais. Por deterem um mínimo de 5% das ações ordinárias, os três grupos têm direito a indicar um membro no Conselho de Administração. Além disso, cada ação ordinária dá direito a um voto nas decisões tomadas. Podem não mandar sozinhos, mas podem brecar decisões que os contrariarem.
Em 31 de dezembro de 2022, o capital da empresa era de quase R$ 504 milhões. A South surgiu em 2015, no lugar da BHP, já como uma das líderes mundiais do mercado de alumínio. A empresa é sócia da Alcoa na fábrica de alumínio da Alumar, em São Luís do Maranhão, com 40% do controle acionário.