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A Operação Dark Wood. Os 7 Presos. Os Nomes. Os Créditos Falsos e o Esquema Milionário

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O Antagônico publica, com exclusividade, os nomes das 07 pessoas presas “Operação Dark Wood, deflagrada pela Polícia Civil do Pará, nesta terça-feira,11 por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR).

Os presos são Freddy Donadio de Oliveira, membro da Cooperativa dos Produtores, Extratores e Reflorestadores de Uruará; Marcelo Araújo Oliveira, Bruno Atayde Leão; dono da Coexpa Comércio e Exportação de Produtos da Amazônia,( preso na sede da empresa em Outeiro); Taina Chagas Nunes, dona da empresa TCN Representações e Serviços Contabéis; Antonio Carlos Rodrigues; Carlos Zancan e João Marcos Alexandre.

Dentre os presos chama a atenção os nomes de Bruno Atayde Leão, Taina Chagas Nunes, e Freddy Donadio de Oliveira. O primeiro, Bruno Atayde, responde a 6 processos no TJ do Pará. Uma das empresas dele, a Coexpa Comércio e Exportação de Produtos da Amazônia tem um histórico absurdo de infrações ambientais.

Em 2022, a empresa operou na comercialização de um lote de ipê-amarelo extraído ilegalmente da Floresta Nacional de Jamanxim, em Itaituba, carga exportada para a J. Gibson Mcllvain Company, que opera no porto de Baltimore, em Maryland. Entre janeiro e julho de 2023, a Coexpa somou dez infrações, totalizando R$ 99,2 mil. Ao todo, a empresa exportou 558 toneladas para os Estados Unidos, sendo dois terços para a J. Gibson.

Além de ser o proprietário da Coexpa, Atayde é sócio das empresas BLX Administração de Ativos, Bio Turismo Ltda e B A Leão Agricultura e Pecuária.Já Taina Chagas Nunes, a única mulher presa na operação, é ex-funcionária da empresa Sococo.

Dona da empresa TCN Representações e Serviços Contabéis, Taina tem um currículo extenso com expetise em emissões de NFe para mercado local e Exportação, Junção de documentos para Cadeia de Custodia para os embarques, emissão de Guias Florestais emitidas na SEMA-PA, assim como as transformações realizadas do produto no sistema GESFLORA, recebimento de DOFs, emissão de DAEs e emissão de TCFA. Freddy Donadio, que atua em Uruará tem seu nome ligado a várias empresas, dentre as quais Madeireira Portal e Embrama e E.S de Andrade Eireli.

A “Operação Dark Wood” desmontou o esquema milionário de créditos florestais falsos e cumpriu nove mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária, realizados, simultaneamente, no Pará e no Distrito Federal (DF).  Além das equipes da PCPA, também participaram da operação representantes da Assessoria Especial de Inteligência e Segurança Corporativa (AISC) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, a investigação foi iniciada em 2019, após uma associação criminosa simular, por meio de documentos falsos, leilões de produtos florestais supostamente realizados pelas prefeituras de Itaituba e Novo Progresso.

“A fraude consistiu no protocolo desses documentos falsificados na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), com pedido de inclusão de créditos florestais nas pastas do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA) para as duas empresas que, hipoteticamente, tinham sido as vencedoras dos leilões”, pontuou o gestor.

Com isso, um crédito de mais de 13 mil metros cúbicos de madeira foi concedido de maneira indevida, o que foi rapidamente questionado pelas outras empresas madeireiras de dentro e fora do Estado. Segundo as investigações, algumas delas são suspeitas de simular o transporte e recebimento do material por meio desses créditos, através da expedição de guias florestais.

Na operação “Dark Wood”, sete pessoas envolvidas nos leilões foram presas, sendo elas os proprietários das madeireiras e um servidor da Semas. Seis foram presas no Pará, sendo uma delas em Outeiro; duas em Uruará; duas em Novo Progresso; e uma em Santa Bárbara. Houve também a prisão de uma sétima pessoa no Distrito Federal.Estima-se que a movimentação total da ação criminosa tenha sido de, aproximadamente, R$ 26 milhões.

A operação policial contou com a participação de 40 policiais civis dos Estados do Pará e do Distrito Federal, sendo executada diretamente pelas equipes da Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) De Santarém e Altamira, Superintendência de Altamira e Delegacia de Novo Progresso.

Ainda sobre a ação, o titular da DECOR, delegado Tainan Monteiro, informou que “uma operação dessa complexidade só foi possível graças aos recentes investimentos da Polícia Civil em qualificação e equipamentos de alto desempenho”. Todos as pessoas capturadas já estão à disposição da Justiça.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976