O Antagônico publica, com absoluta exclusividade, a prisão do empresário paraense Alan Silva, ocorrida na madrugada de sábado, 08. Alan, que é natural de Barcarena, foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O preso é peça chave na investigação da PF sobre tráfico internacional de drogas no eixo Pará – Portugal. “ Ele é um personagem importante e sabe muito “. Disse uma fonte a O Antagônico.
Ao desembarcar na capital carioca, em um voo oriundo de Madrid, Alan, que estava foragido da justiça acusado de tráfico internacional de drogas, apresentou passaporte em nome de outro brasileiro durante o controle migratório. Além de identificar a falsidade documental, os policiais federais constataram a existência de mandado de prisão preventiva em aberto, expedido pela 3ª Vara Federal Criminal de Belém, por tráfico transnacional de drogas.
O preso foi encaminhado à Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro para lavratura do termo circunstanciado de ocorrência pelo uso de documento falso e para formalidades decorrentes da prisão judicial. Alan Silva é um dos investigados na operação “Euterpe”, que cumpriu 22 mandados de busca e apreensão em Belém, Ananindeua, Marituba e Barcarena na última quarta-feira, 05.
A operação da PF faz parte do inquérito policial que apura a exportação de 320 quilos de cocaína, escondidos em uma carga de açaí e apreendidos no fim de junho em Portugal. Alan é o quarto paraense preso por envolvimento no esquema. Em julho deste ano foram presos em Portugal o empresário Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, Nilson de Souza Castro Neto e o tenente da PM do Pará Aderaldo Pereira de Freitas Neto, o “Tenente Freitas”.
As investigações tiveram início em Portugal, quando Marco Antônio e Nilson Castro foram presos com um contêiner contendo 320 quilos de cocaína escondida junto à carga de açaí, que saiu do porto de Vila do Conde, em Barcarena. Uma semana depois, foi preso o tenente Aderaldo Pereira, quando tentava fugir de Portugal rumo ao Brasil.
O trio foi preso no âmbito da operação “Norte Tropical” e está custodiado no Estabelecimento Prisional de Caxias (EP Caxias), que fica nos arredores de Lisboa. O complexo prisional é de alta segurança e atualmente mantém cerca de 400 presos.
Os quatro paraenses presos fazem parte de um esquema maior comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” – maior traficante português -, e por Sérgio Carvalho – o “Major Carvalho”, também chamado de “Escobar brasileiro”. Ambos estão presos em Portugal.