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A Portuguesa do Amapá. Os Dois Jogadores. O Golpe da Contratação 

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Dois jovens jogadores de futebol, naturais da Bahia, foram vítimas de golpe em uma suposta contratação para atuarem no time da Portuguesa do Amapá. O caso ganhou repercussão nas redes sociais após a publicação de um vídeo onde os atletas aparecem no porto da cidade de Santana-AP, em busca de ajuda, após ficarem em situação de rua.

O centroavante Fredson da Silva da Conceição, 25 anos, e o lateral Odair Santos de Souza, 22 anos, desembarcaram no estado com a promessa de fazerem parte do time da Lusa na disputa do Amapazão. Um empresário, de prenome Erivelton, se apresentou como interlocutor do clube para formalizar a transferência mediante pagamentos de taxas e valores para custeio de despesas com alimentação e hospedagem.

“O rapaz entrou em contato conosco e disse que tinha uma oportunidade pra gente jogar o futebol profissional em Macapá. Aí eu pedi fotos da estrutura, ele mandou tudo, mas depois disse que tínhamos que pagar taxas de federação para chegar e jogar. Paguei R$ 1,475,00, mas chegamos aqui ele me deixou na rua”, contou Fredson.

Os atletas contaram em depoimento ao Globo Esporte que ficaram sem dinheiro para pagar hotel e dormiram na rua por três dias. Também foram assaltados no período que estavam se abrigando em uma praça. Após a divulgação do vídeo na internet, o caso gerou a comoção de dirigentes de futebol e o Santana Esporte Clube ofereceu estadia em um alojamento para os atletas.

“Somos gratos pela ajuda que recebemos do Santana e vamos continuar no Amapá porque sonhamos com essa oportunidade. Graças a essa pessoa que gravou esse vídeo estamos aqui no clube. Por mim, iria embora, mas falei com minha mãe e vou ficar para ajudar minha família através do futebol”, disse Fredson.

Procurados pela reportagem, o presidente da Portuguesa de Desportos do Amapá, Edivan Maciel, informou que não tinha conhecimento da negociação envolvendo o nome do clube e repudiou a ação dos golpistas. Ele adiantou que pretende prestar um Boletim de Ocorrência e levar o caso para investigação da polícia.

“Procuramos a nossa parte jurídica e vamos fazer uma denúncia. A gente não compactua com esse tipo de ação. Quero deixar bem claro que a Portuguesa não aceita esse tipo de coisa, de brincar com sonhos. A gente jamais faria esse tipo de coisa. Vamos procurar a polícia pra fazer essa denúncia e que a gente consiga achar esses culpados”, disse o Edivan.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976