Novas denúncias rodeiam a SESPA. Após a gestão desastrosa de Alberto Beltrame, esperava-se menos escândalos na nova administração. No entanto, as coisas pioraram muito. Pessoas estranhas ao setor de saúde, foram nomeados em cargos estratégicos e, usando de larga experiência, coagem e assediam os servidores a praticarem atos nada republicanos, dentre os quais superfaturamento nas compras de mobília , computadores e aluguéis. Um exemplo é a ampliação do espaço alugado no prédio sede localizado na Travessa Lomas e a compra de 1800 computadores. Isso sem faltar o famoso 10%.
Muitas denúncias se concentram na comissão permanente de licitação (CPL), onde a direção teria recebido ordens para formatação de 4 computadores para apagar rastros, ou seja, possíveis provas. E não é só isso. A ordem do dia na CPL é dar andamento somente aos processos milionários, deixando as “arraias miúdas” na fila de espera. O que se diz é que esses processos estão tramitando a toque de caixa, pulando etapas para favorecer fornecedores.
O Antagônico recebeu relatório revelando a existência de documentos assinados autorizando a compra, existência de propostas de fornecedores, isso tudo sem que os editais de pregões tenham sido publicados. Há quem diga que estão acontecendo, ao arrepio da lei, visita de fornecedores ao setor da CPL.
Um dos processos milionários seria a contratação de um serviço no valor de 40 milhões, capaz de fazer o sequenciamento genético, sob o pretexto de necessidade do Estado. Os hospitais do Estado, ou não fazem uso de tal serviço, ou já possuem o mesmo, sendo desnecessária a compra.
Outro processo em andamento, segundo a denuncia, seria a aquisição, por R$ 400 milhões, de um sistema para gerenciar o andamento da construção de obras de saúde, como por exemplo, hospitais. Por cautela e dever de ofício, todas as denúncias recebidas por O Antagônico, estão sendo encaminhadas ao Ministério Público do Pará.
