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Denúncia

A Sudam. A Superintendente. O Diretor de Gestão. A Missão em Tel Aviv. A Farra com Recursos Públicos

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Quando a gente pensa que já viu de tudo eis que o choque de realidade nos bate à porta. Vejam só essa história. A Superintendente da Sudam no Pará, Louise Carolina Campos Low, juntamente com o diretor de Gestão de Fundos da autarquia, Róger Araujo Castro, viajaram para Tel Aviv, em Israel, onde ficaram hospedados por 11 dias, em hotel de luxo, comendo e bebendo, do bom e melhor, tudo as custas do erário público.

A história começou no mês de maio de 2022, quando o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Rondônia, SEBRAE-RO, resolveu baixar edital de chamada do empresariado daquele Estado para uma tal  “Missão Benchmarking em Israel” , cujo objetivo  seria  “uma experiência internacional”. A patuscada roraimense está no  Google, bastando pesquisar  o termo “missão do sebrae-ro em israel”, para se confirmar a veracidade dos fatos.

O resultado do citado Edital foi publicado, com a classificação dos inscritos para a Missão de Benchmarking em Israel, sendo que, nem de longe, a SUDAM restou citada. Ocorre que Louise Carolina e Róger Araujo, com a devida autorização de Rogério Matos dos santos, Diretor de Administração e com autorização legal, pasmem, do Ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel de Oliveira Duarte Ferreira, surpreendentemente, resolveram pegar uma “carona” no evento empresarial do SEBRAE-RO, implementando ao completo arrepio da lei, entre os dias 21 de julho e 22 de agosto de 2022, uma inusitada viagem à Israel, como sendo supostamente uma oficial “Missão da SUDAM em Israel”. Trocando em miúdos uma opera bufa, o absurdo dos absurdos.

E a coisa só piora. A superintendente da Sudam, Louise Carolina, registrou em sua página pessoal aberta no Instagram, o desembarque no aeroporto de Tel Aviv. As imagens mostram, de forma incontestável, que ela e Diretor de Fundos estão viajando a turismo. Ao fundo da imagem se verifica Róger Araújo em completa informalidade, de bermudas, tênis e moleton, ao estilo turístico habitual de alguns brasileiros que viajam despreocupadamente a turismo pelo exterior.

O problema gravíssimo, é que dito evento foi eminentemente empresarial e privado, isso em terras desérticas, em país estrangeiro, ou seja, em situação completamente divorciada do habitat dos interesses institucionais e dos objetivos legais da SUDAM. Conforme mostram os vídeos, publicados pela própria superintendente em sua página pessoal , com elevado teor propagandístico, em pleno período eleitoral, por si só, já configura, em tese, ilícito eleitoral, uma vez que a mesma se encontrava inebriada pela paisagem do local que filmava, em inequívoco sinal de estar em turismo com o dinheiro público, em ato claramente ilegal.

Nessa situação são muitas as indagações que surgem: Se era uma “missão oficial da SUDAM”,  onde está o convite oficial efetivado à autarquia e qual seria o seu papel para bem atender sua missão institucional, a justificar legalmente dita viagem ?

Qual o elo de ligação da SUDAM com o seguimento de empresários do Estado de Rondônia, que viajaram para Israel ?

Se foi uma missão junto a APEX e o SEBRAE de Rondônia, por quê não consta sequer uma notícia a respeito das atividades realizadas no sítio eletrônico dessas instituições ?

Na tal missão, saíram dos cofres públicos R$ 22, 9 mil para passagens aéreas, R$ 1,5 para seguro viagem, R$ 27,9 para custear 13 diárias pagas a Roger Araújo, R$ 30,6 para diárias da superintendente Louise Carolina totalizando R$ 83,1 mil de custas pagas pelo contribuinte.

Para fechar com chave de ouro a lambança da presidente da SUDAM, acreditem os leitores, o processo SEI n.º 59004.001043/2022-39, referente a viagem e ao pagamento das diárias aqui questionadas, encontra-se encerrado e em sigilo, impedido o acesso público ao mesmo.

“No caso vertente, salta aos olhos a ilegalidade, o abuso e, notadamente, a imoralidade dos atos danosos ao Erário Público Federal, praticados pelos quatro Réus.”

Diz a Ação Popular em trâmite na 5ª Vara Federal Cível da Justiça Federal, proposta pelo advogado Nestor Ferreira Filho, requerendo a condenação dos servidores federais a restituírem solidariamente aos cofres públicos, de forma corrigida, o valor total de R$ 83.141,46 (oitenta e três mil, cento e quarenta e um reais e quarenta e seis centavos), ilegalmente despendidos pela União Federal através dos atos do Réus.  

O vídeo pode ser acessado

https://www.instagram.com/reel/CgZbkTrgiI9/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976