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Assassinato

Barcarena. A Empresa. O Assassinato. O Corpo no Tambor. Os Suspeitos e a Fuga

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Ainda irão surgir muitas novidades no caso da jovem Marciele Lopes Ferreira, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de um tambor, na manhã de domingo, 26, dentro de um terreno de propriedade da empresa M S Terraplenagem em Vila do Conde, distrito de Barcarena. Marciele, que deixa duas filhas, uma de 13 e outra de seis anos, trabalhava há dois meses como agente de portaria da empresa.

De acordo com o que foi apurado por O Antagônico, o principal suspeito de autoria do homicídio é Mateus Gonzaga, também funcionário da M S Terraplenagem. O crime teria sido cometido com a ajuda de outras duas pessoas, já identificadas pela polícia, sendo que uma já está presa.

Ao menos quatro pessoas foram ouvidas até o momento, entre elas, o dono da empresa que presta serviço para a MS Terraplanagem. Ele foi preso porque mentiu para o delegado no primeiro depoimento, quando disse que não tinha feito contato com o principal suspeito do crime. Mateus Gonzaga não foi localizado pela polícia ainda. Ele pode ter saído de Barcarena junto com a namorada, que também é suspeita de participação na morte de Marciele.

O caso – A família da vítima acionou a polícia, no plantão do delegado Jessé para investigar o desaparecido de Marciele, que não retornou para casa depois do expediente de sábado (25) nem atendia mais as chamadas de celular. Os policiais iniciaram as diligências ainda de madrugada pelo local de trabalho de Marciele. Mas, por falta de luz suficiente, não encontram nada, a não ser uma suposta mancha de sangue na área externa da firma.

Como um funcionário mencionou que a vítima poderia ter saído mais cedo da empresa depois de se queixar de um mal estar, a família foi orientada pela polícia a procurar Marciele em hospitais já que ela poderia ter sofrido um acidente no caminho e perdido o celular. Os parentes voltaram à empresa para uma nova busca e dessa vez encontram o corpo dentro de um barril.

Ainda às 10h de sábado, o marido de Marciele tentou contato por telefone e não conseguiu. Por conta da falta de comunicação, o marido foi até o trabalho da mulher e o agente de portaria que estava no momento informou que a funcionária teria saído ainda durante a manhã em busca de atendimento médico porque estava com dor de estômago.

Por volta das 19h, o marido da vítima foi até a casa da irmã dela e familiares então decidiram sair em busca e mais uma vez procuraram a empresa. O funcionário que estava na portaria não permitiu a entrada dos familiares, porém eles permaneceram no local e fizeram buscas em uma mata próxima ao local de trabalho. Eles encontraram vestígios de sangue. Por volta de 5h30, a família conta que os suspeitos tentaram ocultar o cadáver, mesmo com a família em frente ao local. Ao conseguirem entrar no local, um dos familiares olhou dentro de um tambor e viu a mão da vítima, que estava com pedras por cima.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil do Pará que, para não atrapalhar os trabalhos, não divulgou os nomes dos suspeitos. Dentre as linhas de raciocínio estariam relacionamento conturbado entre um funcionário da empresa com a vítima; crime passional, pelo fato da namorada do possível autor do crime estar presente no local onde o corpo foi localizado;  oposição da vítima a atividades ilícitas dentro da empresa, já que Marciele era novata e, segundo os familiares, uma pessoa muito correta.

A família acrescenta que a mulher de um dos suspeitos – e sobrinho do dono da empresa – também era funcionária na empresa e, com a contratação de Marciele, foi desligada, o que teria provocado revolta no casal. Informações que auxiliem o trabalho da polícia podem ser repassadas para a Delegacia local, Virtual ou por meio do Disque-Denúncia, no número 181. O sigilo é garantido.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976