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COP 30

Belém. A COP 30. Os Hotéis. As Diárias e a Redução dos Valores

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Deu no UOL. Pelo menos 12 hotéis de Belém e 5 de Castanhal (a 70 km da capital paraense) aceitaram disponibilizar 500 quartos com diárias entre US$ 100 e US$ 300 (R$ 540 a R$ 1.621 na cotação de hoje) a para delegações de países em desenvolvimento poderem participar da COP30.

O acordo aconteceu em reunião realizada na última terça-feira (1°) no hotel Princesa Louçã, em Belém, com representantes da vice-governadora do Pará, Hana Ghassan, e com o secretário de Turismo do estado, Eduardo Costa.A informação foi confirmada pelo presidente da ABIH-PA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará), Tony Santiago, e pelo advogado Daniel Cruz, do Shores (Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Belém e Ananindeua), que participaram das negociações em Belém.

“Há algum tempo a gente já vinha negociando porque o intuito não é intervir nos hotéis. Nosso empenho, da hotelaria como um todo, é viabilizar esses delegados. Há pessoas confundindo, que vai ser US$ 100 para todo mundo, não é isso. Nosso objetivo é ajudar esses países, como pequenas ilhas, que, inclusive, contam com subsídio da ONU”, disse Santiago. Ele não quis citar os nomes dos hotéis, mas disse que “todos os grandes estão dentro”.

O presidente da ABIH-PA disse que a rede hoteleira paraense “não quer ser um entrave”. “Então todos os hotéis ofereceram a sua cota. Porque o que interessa não é esse povo todo que vem para cá, mas os delegados, uma média entre 20 e 30 por país”. Santiago criticou a tentativa de negociação anterior da Secretaria Extraordinária para a COP 30. “Não deu certo, foi tudo por água abaixo, porque eles notificaram, por meio da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), os hotéis a apresentarem as diárias dos últimos cinco anos, umas 40 e poucas exigências. Aí parou tudo.”.

Segundo ele, houve uma aproximação com o gabinete da vice-governadora, que é a coordenadora do Comitê Estadual da COP30. “Foi para ver se a gente conseguia no diálogo, pois, com ameaça, não funciona. E foi o que aconteceu.”.

Santiago acredita que essa quantidade de quartos não será suficiente para atender a demanda. “Vamos ver o que as plataformas vão fazer, mas isso não é da minha alçada.” Daniel Cruz acrescenta que “o governo do estado foi muito diligente em conscientizar a categoria”: “Se não fosse essa intervenção, não iria dar certo”. Procurado, o governo do Pará não quis se pronunciar sobre o acordo. O espaço segue aberto.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976