Uma professora de 37 anos, identificada como “Kettily”, está sendo investigada pela polícia civil em Marabá por suspeitas de venda de cargos públicos em escolas do Pará. O boletim de ocorrência (B.O.) foi registrado na terça (30). Ela foi afastada do cargo, segundo o governo. Segundo o teor da ocorrência, registrado na Polícia Civil (PC), a mulher trabalhava na Escola de Estadual de Ensino Médio Lício Soleiro, em Brejo Grande do Araguaia, e supostamente vendia vagas institucionais inexistentes na Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A denúncia aponta que a professora teria ofertado portarias e falsificava documentos públicos, com intuito de vender os cargos.
De acordo com as investigações, a suspeita cobrava de R$ 2 mil a R$ 3 mil para lotar as pessoas em escolas da região. Seis vítimas foram identificadas, mas acredita-se que há mais pessoas lesadas. Segundo o delegado responsável pelo caso, Vinícius Cardoso, a professora fingia ser uma intermediária e se aproveitava de interessados em trabalhar em escolas, via contrato com a Seduc. Ou seja, as vítimas não sabiam que eram documentos falsos.
Com o valor em mãos, a mulher entregava um memorando às vítimas como forma de “comprovar” que a realmente conseguiu o vínculo empregatício no local por meio da Seduc. “A pessoa chegava na escola e apresentava o memorando para entrar em exercício. Isso chamou a atenção dos diretores dessas escolas, que entraram em contato com o diretor regional de ensino. Ele disse que a assinatura [nos documentos] não era sua e que os documentos não eram verídicos”, pontuou o delegado Vinícius. O delegado explicou ainda que a mulher foi identificada e ouvida pela polícia. Um inquérito foi instaurado para apurar estelionato e falsificação de documento público.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) disse que “repudia qualquer ato de ilegalidade por parte de seus servidores e a professora foi afastada imediatamente após a denúncia”. “A Seduc colabora com as investigações da Polícia Civil e ressalta que as vítimas também podem formalizar relatos na Ouvidoria da instituição”, afirma.