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Nota Pública

Cametá. O Prefeito. O Hospital. As Ofensas Contra a Promotora

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O pau continua comendo no centro em Cametá. Semana passada, Maria Cristina Cardoso da Silva, diretora presidente do Hospital e Maternidade Santa Luísa de Marillac, divulgou nota pública esclarecendo declarações feitas pelo prefeito de Cametá, Vito Cassiano, em suas redes sociais no dia 14 de outubro.

A nota afirma que o hospital Marillac, durante toda sua história passou por algumas mudanças em sua razão social, sendo que iniciou no ano de 1959 como Maternidade Mere Lepcard, depois como Hospital de Cametá, e, atualmente, chama-se Hospítal e Maternidade Santa Luísa de Marillac.

“Importante esclarecer que a Prefeitura de Cametá, por meio da Secretaria de Saúde, contrata apenas internamentos nas clínicas obstétrica, pediátrica e médica, pois no ano de 2019 foram retirados do Marillac os atendimentos do Sistema Único de Saúde, SUS, os quais foram transferidos para a UPA, restando apenas contratado os internamentos.”

Diz a nota frisando que a defasagem na tabela SUS, há mais ou menos 17 anos, atualmente remunera apenas 60% dos custos dos procedimentos realizados.

A nota afirma que até a presente data o prefeito de Cametá não destinou ao hospital Marillac a quantia de R$ 500 mil reais, valor repassado ao Fundo Municipal de Saúde, através de emenda parlamentar do deputado federal Beto Faro. “O Hospital Marillac repudia as acusações levianas e caluniosas proferidas pelo prefeito Vitor Cassiano, bem como a ameaça de cancelamento do convênio com o hospital, pois esta, certamente, causará prejuízos à saúde da população que ficará desassistida.” Encerra a nota.

Calma que ainda tem mais. Botando mais água na fervura, A Associação do Ministério Público do Estado do Pará (AMPEP), também divulgou nota de desagravo, prestando solidariedade a Promotora de Justiça de Cametá, Louise Rejane de Araújo Silva Severino, repudiando os impropérios assacados pelo prefeito Vitor Cassiano.

“Com declarações acintosas e ultrajantes, o Prefeito acusou a membro do parquet de utilizar manobras políticas em uma ação de improbidade administrativa, eis que a postagem acusa a Promotora de Justiça de agir fora do princípio da impessoalidade, tentando incriminar o orador por razões políticas, entre outras acusações desabonadoras e mentirosas, com o claro objetivo de buscar ganho político à custa da honra e da imagem da Dra. Louise Severino.”

Diz a nota afirmando que ao proferir tais ofensas, motivadas por propósitos escusos, o Prefeito atacou também ao Ministério Público do Estado do Pará, como instituição, e aos seus membros como um todo.

A mágoa do prefeito com a promotora não é por acaso. É da lavra dela a Notícia de Fato nº. 001665-042/2022, acerca do não repasse dos R$ 500 mil da emenda de Beto Faro ao Hospital e Maternidade Santa Luisa de Marillac.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976