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Giovanni. O Messias do Santos. A Gratidão a Pelé. O Velório e o Lamento

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Em 1994, chegava ao Santos por empréstimo o meia Giovanni. Desconhecido do torcedor alvinegro, o paraense desembarcou na Vila Belmiro após se destacar pelo São Carlense, na Série A2 do Paulista. Porém, foram cerca de cinco meses apenas treinando, até ter a oportunidade de atuar pelo Peixe. No final do contrato, se destacou e despertou o interesse da diretoria em comprar os direitos dele junto à Tuna Luso, contando com a ajuda do maior jogador de todos os tempos. É o que revela o ex-jogador, em entrevista ao canal Zueiragem Podcast.

– Teve uma excursão no México, fui bem e os caras falaram: “Pode comprar”. Meu passe na época era uns R$ 300 mil, só que o Santos não tinha dinheiro. O Pelé até ajudou acho que com R$ 150 mil. Só que foi o seguinte, o Clodoaldo, que era diretor na época, disse: “Não temos dinheiro, vamos fazer uma vaquinha aqui. Você vai para Belém passar as férias e eu vou te ligar”. Eles tinham que depositar o dinheiro até o dia 31, só que era num domingo, então tinha que ser até o dia 29, que era sexta-feira.

O Santos precisou lidar com a concorrência de um grande rival, para ter aquele que viria a ser considerado o melhor camisa 10 na era pós-Pelé. A sorte do clube é que Giovanni estava decidido em fazer história na Vila.

– Quando eu vim em Belém, o Genésio (presidente da Tuna na época) me chamou na sala dele e falou: “Não vai para o Santos, o São Paulo quer dar não sei quanto pra você”. Eu respondi: “Negativo. Se o Santos não comprar, na segunda-feira a gente vê”. Liguei para o Clodoaldo e disse: “Vocês tem que depositar, o São Paulo veio aí”. Ele me respondeu: “Calma, estamos fazendo a vaquinha”. Quando foi na sexta, os caras depositaram.

Nos últimos dias, vários ex-jogadores foram criticados por não terem comparecido ao velório do Rei Pelé. Giovanni foi um dos que não marcaram presença e ele explica os motivos que o impediram de ir até Santos.

– Estava com a minha família em Salinas, a gente se programa por seis meses. Não ia largar eles, não é fácil como as pessoas pensam. E o fato de você não ir ao enterro, não significa que você não tenha tido gratidão. As pessoas tomam isso como verdade e fazem todo julgamento. Queria estar lá, mas aconteceu de eu estar aqui no interior.

Giovanni ficou cerca de duas temporadas e meia no Santos – entre 1994 e 1996 – , sendo vendido para Barcelona e em seguida se transferiu para o Olympiacos, sendo ídolo nos dois clubes europeus. Em 2005 retornou para o Santos e recebe o apelido de “Messias”. Em 2010 tem a terceira passagem pela Vila, onde encerrou a carreira.

FONTE – Globo Esporte PA

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976