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Prisão

Itaituba. A Operação Trapaça. A PF. As Buscas na SEMA. Os 17 Mandados e as 3 Prisões

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Em Itaituba, no oeste paraense, circulou na manhã de ontem que o secretário municipal de meio ambiente, Bruno Rolim, juntamente com outros dois funcionários da SEMA municipal, teria sido preso. Estamos falando da “Operação Trapaça”, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 16, nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás, que visa desarticular organização criminosa responsável por fraudes em processos de crédito rural, corrupção de servidores públicos, além de crimes ambientais, especialmente na região amazônica.

Em Itaituba, os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão no prédio da SEMA Itaituba e na casa de servidores. Sobre a prisão do secretário a informação não foi confirmada pela assessoria da PF. Nas redes sociais, Bruno Rolin publicou uma foto em uma praia. (imagem acima). O Antagônico tentou contato com o secretário mais as mensagens não tiveram resposta.

A operação, que foi realizada nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás, é coordenada pela Delegacia de Polícia Federal em Santarém, oeste paraense. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária, 17 mandados de busca e apreensão, além do afastamento de seis servidores públicos. Também foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 100 milhões em bens dos investigados, incluindo propriedades rurais.

As investigações apontaram que uma empresa de regularização fundiária estaria envolvida na falsificação de documentos para instruir processos de solicitação de crédito rural. Essa prática permitia que infratores ambientais obtivessem financiamento destinado à exploração de áreas ilegalmente desmatadas. As investigações indicam ainda que, aproximadamente, 5 mil hectares de floresta foram desmatados e queimados após a liberação do crédito rural.

Segundo a Polícia Federal, no decorrer das apurações, foi constatado que funcionários de uma empresa corrompiam servidores de secretarias de meio ambiente e órgãos fundiários, assegurando decisões favoráveis mediante o pagamento de propina. A empresa de regularização fundiária envolvida no esquema teve suas atividades interrompidas e está proibida de operar no mercado.

Além disso, uma agência bancária que teria concedido crédito a áreas embargadas por órgãos ambientais também teve suas operações de financiamento rural suspensas. A Polícia Federal informou que as investigações prosseguirão para apurar se os valores recebidos foram utilizados para financiar crimes ambientais na Amazônia, identificar outros envolvidos no caso e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976