A Seap. Sempre a Seap. A mais nova denúncia vem de Itaituba, onde o policial penal, Adailson Oliveira de Almeida, foi afastado de suas funções após ser flagrado por câmeras de segurança denúncia torturando, de forma covarde, detentos do Centro de Recuperação Regional.
Uma das cenas, publicadas abaixo, mostra quatro presos encostados no muro, na parte interna do presídio. O policial penal então se aproxima de Dioney Patrick Oliveira de Almeida, detento recém recapturado, desfere três socos violentos nas costas dele, próximo a região da cabeça, enquanto aparenta falar algo ininteligível. Patrick, que parece ser o único algemado, não esboça reação.
Em outra cena, Patrick aparece sendo levado para um outro espaço externo da casa penal, onde é novamente agredido, desta feita com logo um jato de gás lacrimogêneo, desferido em seu rosto pelo policial penal. Mas adiante, sem qualquer motivo aparente, o policial lança um novo jato de gás lacrimogêneo no rosto do detento. Em seguida, outro preso é levado ao local, onde ambos recebem dois jatos seguidos do gás asfixiante. Um outro agente penitenciário está presente na cena, mas não interfere.
A denúncia, formalizada no dia 15 de novembro de 2022, foi registrada em um boletim de ocorrência na 19ª Seccional de Polícia Civil, e comunicada à Comissão Estadual dos Direitos Humanos da Seção do Pará da Ordem dos Advogados do Brasil, além da Corregedoria do Sistema Penal do Estado.
Esta não é a primeira vez que Adailson Silva é denunciado por comportamentos violentos ou ameaçadores. Em novembro passado, ele foi preso em flagrante após ameaçar e disparar uma arma de fogo no balneário Fonte Azul, tendo se desentendido com uma mulher. Além disso, ele também foi denunciado por ameaçar a um agente prisional que trabalha na mesma unidade. Até quando ?????
