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Assassinato

O Amazonas. O Caso Julieta Hernandez. Os Assassinos e as Prisões Mantidas

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A Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo (município distante 110 quilômetros de Manaus) finalizou a audiência de instrução na Ação Penal n.º 0600013-22.2024.8.04.6500, referente ao latrocínio que teve como vítima a venezuelana Julieta Hernandez. Durante a audiência, foi realizada a oitiva da última testemunha arrolada pelo Ministério Público e realizado o interrogatório dos denunciados Thiago Agles da Silva e de Deliomara dos Anjos Santos, que tiveram as prisões preventivas mantidas.

A Audiência de Instrução foi presidida pela juíza de direito titular da Comarca de Presidente Figueiredo Tamiris Gualberto Figueiredo. O Ministério Púbico do Amazonas (MPE/AM) esteve representado pelo promotor de Justiça Gabriel Salvino Chagas do Nascimento.

Julieta desapareceu no dia 23 de dezembro de 2023, e o Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado no dia 4 de janeiro na Delegacia Virtual do Amazonas (Devir), e encaminhado à 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, cidade onde aconteceu o crime, que iniciou as investigações. O BO informava que o último contato da vítima com a família teria sido no dia 23 de dezembro, por volta de meia-noite e meia, quando ela teria dito que iria pernoitar em Presidente Figueiredo, e seguiria para Rorainópolis, em Roraima.

De acordo com o delegado Valdinei Silva, no mesmo dia, um morador localizou partes da bicicleta da vítima e acionou a polícia. Quando a equipe chegou ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado.

Ele e a esposa foram conduzidos à delegacia e entraram em contradição nos depoimentos, e assim confirmaram a autoria do crime. Conforme a polícia, Deliomara confessou que matou a venezuelana, após uma crise de ciúmes. Isso, porque ela prenunciou o companheiro estuprando a vítima depois deles roubarem os pertences dela. Thiago contou uma versão diferente à polícia. De acordo com o suspeito, a venezuelana e ele usavam drogas, quando a companheira ficou com ciúme, jogou álcool nos dois e ateou fogo.

Ele disse ainda que apagou o fogo do corpo e chegou a procurar um hospital em busca de socorro. No entanto, enquanto isso, a esposa amarrou uma corda no corpo de Julieta, que estava desacordada, arrastou a vítima para uma área de mata e a enterrou. Depois das contradições apresentadas pelos suspeitos, a polícia chegou em uma conclusão de como a artista foi atacada.

“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, detalhou o delegado.

Após a mulher do suspeito presenciar o fato, jogou álcool em ambos e ateou fogo. Thiago conseguiu apagar o fogo com um pano molhado e foi até uma unidade hospitalar receber atendimentos médicos. Já Deliomara enforcou Julieta com uma corda e a enterrou no quintal. Os réus foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), estupro e ocultação de cadáver.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976