Bancários e bancárias do Banco do Brasil, no Pará, ratificaram rejeição da proposta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Fenaban e Acordo Coletivo específico; e a partir desta sexta-feira (13) entraram em greve por tempo indeterminado em todo o estado. 59,22% do funcionalismo do banco rejeitaram as propostas; outros 37,01% disseram sim à mesma proposta e 3,76% se abstiveram da votação.
Em Belém, a concentração do movimento foi no Complexo Humaitá“Convocamos aqueles que mantiveram a decisão pela greve a se concentrarem também em frente às unidades de trabalho para fazer o convencimento dos colegas que ainda não aderiram ao movimento paredista, pois essa é a essência de uma greve capaz de mostrar a insatisfação com a proposta dos banqueiros”, explica o diretor do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.
Com a rejeição da proposta, o funcionalismo do banco também autorizou o Sindicato a transformar a última assembleia, de quinta (12), em Assembleia Extraordinária Permanente, com consultas remotas a serem convocadas através dos canais de comunicação oficiais da entidade.
‘Tá’ na lei – Na reunião híbrida que antecedeu a assembleia, foram esclarecidas dúvidas das bancárias e bancários diante do atual cenário de greve deflagrada. “Temos bases grandes que rejeitaram a proposta e continuam rejeitando, como foi aqui no Pará. O acordo não foi aceito e estamos sim construindo o movimento de greve.
A assembleia da categoria é para avaliar o movimento, pois diante do cenário nacional muitos colegas ficaram em dúvida sobre a greve” disse a diretora do Sindicato, Rosalina Amorim, que também é bancária do BB. As maiores bases sindicais, do país, aprovaram a proposta do banco, e o acordo foi assinado no dia 10 de setembro (terça-feira), o que não aconteceu no Pará, já que 72,11% do funcionalismo do estado rejeitou a proposta em assembleia on-line na última segunda-feira (9).
A maioria dos presentes na reunião de esclarecimento, que antecedeu a assembleia desta quinta-feira (12), reforçou a insatisfação com o acordo, já rejeitado anteriormente, e esperam por melhorias diante da aprovação da greve, mas uma pequena parte do funcionalismo teme pelas possíveis advertências aos que aderirem à greve, como por exemplo as faltas não abonadas. Diante dessa possibilidade, o Sindicato se comprometeu em lutar judicialmente para que esses trabalhadores e trabalhadoras não sejam prejudicados.