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O Edmilson. A Silvia Letícia. O Fundo Eleitoral. Os R$ 30 Mil. A “Raivinha” e a Vingança

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Deu no GLOBO. Crítica à gestão de seu correligionário, o prefeito de Belém Edmilson Rodrigues, a vereadora Professora Sílvia Letícia (PSOL) irá acionar a Justiça Eleitoral contra o partido por conta da repartição do fundo eleitoral. Candidata à reeleição, a psolista recebeu R$ 30 mil de recursos partidários, quantia oito vezes menor que os valores destinados às vereadoras do grupo político de mandatário: Enfermeira Nazaré e Gizelle Freitas, que terão R$ 250 mil cada.

O acionamento que será feito na Justiça tem como base a legislação eleitoral, que estabelece igualdade na repartição dos recursos. A vereadora alega ser vítima de violência política de gênero. – É uma violência política sem precedentes contra meu mandato e tudo que represento socialmente. Primeiro, queriam me expulsar por criticar a prefeitura de Belém. Agora, em retaliação às minhas posições políticas, querem dificultar minha candidatura à reeleição, e isso não vamos admitir. Vamos recorrer dessa decisão da executiva e, se não for revertida, terei que entrar judicialmente para fazer valer meus direitos junto à Justiça Eleitoral – disse a vereadora ao GLOBO.

A quantidade de recursos financeiros recebidos, até o momento, é menor que a das eleições de 2020, quando Silvia Letícia sequer tinha mandato pelo partido. Na ocasião, a vereadora ganhou R$ 63 mil da sigla. Em resposta, o partido afirmou que aprovou por consenso a distribuição do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, e seus recursos são direcionados de acordo com a tática eleitoral.

A crise em Belém ocorre após a vereadora ter se lançado pré-candidata à prefeitura contra seu correligionário e votado diferente dos seus colegas de partido na Câmara Municipal. Silvia Letícia chegou a responder a um processo de expulsão e foi acusada de infidelidade partidária pela suspeita de servir de âncora para ataques da direita contra a sigla.

As críticas ocorreram em meio à “Crise do Lixo” que acometeu a capital paraense. Edmilson acumulou uma dívida superior a R$ 15 milhões com as concessionárias responsáveis pela coleta de lixo, o que gerou irregularidade no atendimento. Em alguns pontos da cidade, o atraso se tornou tão grande que os detritos começaram a ser empilhados nas calçadas.

Segundo a última pesquisa Atlas, Edmilson Rodrigues está em terceiro lugar na disputa pela reeleição, com 15,5% das intenções de voto. A amostra também revela que 77% da população não aprova o desempenho do prefeito, enquanto 73% considera a gestão péssima ou ruim. Os principais gargalos apontados pela população são saúde (56%) e limpeza urbana (44%).

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976