O Flamengo é uma potência. Viajar pelo Brasil reforça isso. As quatro primeiras rodadas do Estadual do Rio, no Norte e Nordeste, foram um sucesso por essa razão. Há diferenças de região para região. Se perguntar no Amazonas, o estado de maior extensão territorial do país, para que time seu interlocutor torce, as respostas mais comuns serão, pela ordem: Flamengo, Vasco, Corinthians.
Em Belém, a resposta é diferente: Paysandu (ou Remo), Flamengo no Rio, Corinthians, em São Paulo. Aí vem o complemento: mas, se jogarem os dois, sou Paysandu! (ou Remo). Essa particularidade gerou a curiosidade, nas últimas duas semanas, se o Flamengo bateria ou não o recorde de público do novo Mangueirão. Não bateu. Mais estão de parabéns a BIS Entretenimento, com vivas para Calilo Kizan, o pequeno grande homem. Parabéns também para a equipe do Sampaio Corrêa, muito aguerrida na sua primeira partida no Mangueirão. Até o cantor Wesley Safadão foi pro mangueirão assistir a partida.
Com o novo palco belíssimo e repleto, o cuidado da dupla de administradores, Maurício Bororó e Ana Figueiredo, o Mangueirão teve noite de gala, gols de Bruno Henrique e Gabigol, lembranças de 2019. Só faltou bater o recorde do Paysandu. Foram 49.807 espectadores em Paysandu x Amazonas, quebra do recorde de 49.777, também do Papão contra o Botafogo-PB. O Flamengo ocupa agora o terceiro lugar: 49.112, com renda de quase R$ 6 milhões de reais (faltou pouco). Na última vez que esteve em Belém, o Flamengo venceu o Remo pelo placar de 1×0 no Mangueirão.
Em Manaus, na estreia contra o Audax, houve quebra do recorde de renda na Arena da Amazônia, mas não de público. Os 44.596, de Manaus x Brusque, em 2019, mantêm o recorde. O Flamengo de 2024 ocupa agora a quarta colocação, com 44.068, atrás também de Amazonas x Botafogo-PB, ano passado, e de Flamengo x Vasco, em 2016.
Os recordes de Mangueirão e Arena da Amazônia pertencerem a clubes de Pará e Amazonas indica que há vida e futebol no Norte do país. A região representa 44% do território nacional e está ausente da Série A do Brasileirão desde 2005. É a única região do Brasil sem clubes na elite do futebol. E isso completará 20 anos, se Paysandu e Amazonas não subirem da Série B, nesta temporada.