O que os candidatos ao senado Beto Faro, do PT e Flexa Ribeiro, do PSDB, tem em comum, tirando, é claro, o fato de ambos estarem na aba do “quase reeleito” Helder Barbalho ? A resposta é simples: Ambos foram presos e algemados pela Polícia Federal no mesmo ano: 2004
O decrépito Flexa Ribeiro foi preso pela PF em novembro de 2004, as vésperas de assumir uma vaga no Senado. Flexa foi capturado em seu apartamento em Belém, na Operação Pororoca, juntamente com outros 29 políticos, empresários e servidores públicos, acusados de integrar uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações públicas. O grupo era acusado de desvio de verba no Sistema de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, num total de R$ 103 milhões.
A denúncia apontava a Engeplan, de propriedade de Flexa, como uma das recordistas de sonegação do INSS na Região Norte. O sócio de Flexa, o empresário Eduardo Bulhosa, também foi preso na operação. Mesmo tendo sido fotografado com a “pulseira do Roberto Carlos”, Flexa Ribeiro acabou assumindo a vaga de suplente aberta com a eleição de Duciomar Costa para a prefeitura de Belém. A história do Dudu todo mundo sabe no que deu.
Um mês depois da prisão de Flexa, em dezembro de 2004 a Polícia Federal prendeu no Aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, José Roberto de Oliveira Faro, o “Beto Faro”, à época superintendente do Incra em Santarém. Faro foi preso durante a Operação Faroeste – juntamente com 18 pessoas, entre empresários, advogados e parentes de servidores, acusados de formação de quadrilha, invasão de terras públicas, corrupção ativa e passiva e crime contra a ordem tributária.
Documentos apreendidos indicavam que o superintendente teria recebido propina de R$ 300 mil. Também foram presos empresários de soja e madeira, advogados e parentes de servidores, acusados de participação no esquema de negociação de terras da União. Faro assumiu a superintendência do Incra em Belém em 2003.
Segundo a investigação da PF, ele era responsável –dentro do esquema de grilagem– pela regularização de terras com 2.000 a 2.500 hectares, já que a superintendência de Santarém só podia autorizar até 100 hectares.
Segundo a polícia, Faro autorizou de forma ilegal a regularização fundiária de 500 mil hectares de glebas em Santarém, Prainha, Trairão, Oriximiná e Placa, beneficiando plantadores de soja e madeireiros. As terras eram da União. O pagamento de propina a Faro foi descoberto durante a perícia da PF em um computador, apreendido em abril no escritório de um advogado preso por envolvimento no suposto esquema de corrupção.
O curioso é que a equipe que prendeu Faro no Amazonas era chefiada pelo delegado Ualame Machado, atual secretário de segurança pública do Pará, e homem de confiança da família Barbalho. Quem te viu, quem te vê !!