Herança
O Grupo Líder. O João Rodrigues. As Filhas. A Madrasta. A Surra de Cinto. A Herança e a Luta na Justiça
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2 anos atrásem
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O AntagônicoEstá dando o que falar uma página criada no Instagram, intitulada @chegadeabusadores, relatando detalhes escabrosos e assustadores envolvendo o clã Corrêa Rodrigues, proprietários dos supermercados Líder. Nas postagens, que estão viralizando nas redes sociais, cujo teor o Antagônico fez compilações, conta a trajetória de Iracema Correa Rodrigues, esposa do empresário João Corrêa Rodrigues, morta em um acidente de carro no dia 14 de maio de 1981. As postagens narram também supostas agressões praticadas pelo empresário contra uma de suas filhas. Em respeito ao contraditório, O Antagônico deixa aberto o espaço para a versão dos envolvidos. Leia abaixo trechos das postagens publicadas no Instagram:
Regatão
“Na década de 70, Iracema iniciava seu dia às 5 horas da manhã, fazendo comida e servindo os cooperadores que viajavam fazendo regatão ao lado de seu amado esposo, João Correa Rodrigues, nas regiões ribeirinhas do baixo Tocantins, local onde moravam. Iracema zelava diariamente pela sua família, aguardando o retorno de seu esposo juntamente com suas cunhadas, esposas dos irmãos de seu marido, família que compõe o Grupo Lider. A dedicação dessas esposas trabalhando ao lado de seus maridos foi de fundamental relevância para o crescimento do grupo. Dona Irá, como era conhecida, e Joao Rodrigues, casaram-se muito jovens, ela aos 18 anos e ele aos 21 anos em 11 de abril 1969, contribuindo desde então ao lado do marido com o crescimento do Grupo Lider, que iniciou suas atividades na década de 60. O trabalho fazendo “regatão” crescia a pleno vapor quando Dona Irá e Joao Rodrigues saíram do interior do município de Igarapé-Miri rumo a cidade de Belém em meados da década de 70, em busca de oportunidades levando suas filhas Irna e Jane. Em 1977, nasceu a terceira e última filha do casal, Danise.”
A morte trágica
“Iracema lutou dia após dia ao lado do marido contribuindo com o sucesso da empresa que originou-se a partir da sociedade de Jeronimo Rodrigues e Filhos em 1969. Sacrifico diário que a fazia todos os dias, de ônibus ir até o Ver o Peso comprar 1 kilo de carne para alimentar o marido e as filhas. Esforço apenas de quem ama. Muito trabalho e muita dedicação somados com o inesquecível amor e zelo à sua familia foram tragicamente interrompidos com a perda precoce da vida de Dona Irá, aos 30 anos. Ela morreu tragicamente, juntamente com sua filha Jane, de apenas 6 anos de idade, em um acidente de carro no dia 14 de maio de 1981. A filha Irna encontrava-se no carro, porém sobreviveu. As filhas Irna e Danise Correa Rodrigues perderam a mãe aos 8 e 3 anos respectivamente. Filhas órfãs, Irna e Danise ficaram sob os cuidados do pai, Joao Rodrigues viúvo aos 33 anos.”
A herança
“Irna e Danise estão mortas em vida. Com a perda da mãe, tiveram seus direitos de herança transferidos imediatamente para elas, porém, administrados pelo pai, João Rodrigues, socio do Grupo Lider, fato que ocorre até os dias atuais, por imposição do mesmo, que se recusa a entregar para suas filhas a herança deixada pela mãe das mesmas. Filhas que viveram violência física na infância (conforme relatos de próprio punho das herdeiras inseridos na ação de inventário que tramita em segredo de justiça em Belém) e até os dias atuais, violência psicológica e patrimonial, Joao Correa Rodrigues, que “abusivamente” administra as heranças das filhas, controlando e decidindo por si só quanto e quando vai repassar, fato ato que não cabe mais à ele pois as mesmas são maiores de idade. O Sr. Joao habitualmente impede o direito das suas próprias filhas de receberem o valor mensal de suas heranças (já reconhecidas pelo Juiz que atua na ação de inventario) , sendo que as mesmas não concordam com suas ordens, que comprometem a manutenção de vida das herdeiras, causando transtornos emocionais e psicológicos.
Agressão e violência patrimonial
“Joao Rodrigues é reconhecido, dentro da própria família, incluindo irmãos, sobrinhos e filhos, pela prática de coação, humilhação, chantagem e perseguição, quando não tem seus interesses atendidos. A herdeira Danise está sendo ameaçada caso a postagem permaneça. Áudios enviados pelo mesmo à sua filha, já rolam em grupos de WhatsApp, comprovando as agressões psicológicas, seguidas de violência patrimonial. O relacionamento típico desse pai com suas filhas e que muitos não conhecem sempre foi pautado em humilhações, bloqueio de contato telefônico, chantagens, expulsões de sua casa sob gritos de ofensas com palavras de baixo nível (que se não fizesse o que ele mandasse, não liberava dinheiro para o sustento). Para a sociedade e de acordo com suas próprias palavras, demonstra a figura do bom pai, mas na realidade é um agressor no âmbito familiar.” Relata a postagem frisando que amor e confiança, critérios mínimos que baseiam um casamento, foram creditados a um homem aparentemente inofensivo, que hoje possui um currículo extenso em desvios de condutas morais.
A Madrasta e a Surra de Cinto
“Anos após a morte da mãe das herdeiras o pai conheceu outra pessoa com 17 anos, encontrada nas noites de diversão, que foi trazida para a casa dos avós das herdeiras, onde pai e filhas moravam. Um pai, duas crianças e uma adolescente constituíam, a partir de então, uma nova e que no futuro tornou-se falida família. A madrasta, que desde o momento que foi inserida nessa família, cria histórias difamando as herdeiras instigando o pai a agredir psicologicamente e fisicamente as filhas.A herdeira caçula, aos 10 anos, foi agredida pelo pai com um cinto, com tanta força, que suas costas ficaram ensanguentadas, momento que levou a herdeira mais velha a retirá-la, à força, do quarto trancado em que estava com o pai e a madrasta, levando-a ao banheiro para limpar eas feridas e dores causadas pela agressão. Histórias forjadas, abandono, desamor, ameaças, agressões físicas e psicológicas fazem parte de um ambiente familiar que é impossível imaginar o que acontece do lado de dentro deste. Inacreditável imaginar o “bom pai” ser autor de tanta crueldade às próprias filhas.”
O cancelamento da festa de 15 anos
“Era uma vez, uma jovem moça que sempre sonhou com sua festa de 15 anos, porém vivia uma ansiedade para o grande dia uma vez que em sua vida tudo mudava, conforme as circunstâncias familiares. É justamente nessa fase que começam a surgir os primeiros relacionamentos amorosos, o que não foi diferente dessa vez, por esta razão, de descobertas da idade, ela recebeu um castigo rigoroso de seu pai e madrasta, que cancelaram a festa de 15 anos como punição. Quisera o cancelamento do sonho fosse a maior da punição, a jovem foi jogada em uma cama e com seu corpo franzino imobilizado pelo peso corporal de seu algoz, diga-se seu pai, sem condições de se defender, teve sua face esmurrada com socos desferidos pelas mãos que deveriam lhe afagar. Tudo sob o olhar de quem instigou e incitou aquela situação, a madrasta. Percebendo que sua vida não lhe surpreenderia de maneiras positivas em decorrência do ambiente hostil e perverso que a cercava, pois vivia em um palacete com paredes frias, mantinha viva a esperança de que a liberdade um dia romperia seu encarceramento dourado para que sua mente aberta e o coração cheio de amor, àquele semeado por quem cedo partiu, o mais puro de todos os sentimentos o de sua mãe, pudesse existir.”