Nem tudo é o que parece. Desde que o nome do governador do Pará, Helder Barbalho, começou a ser ventilado na mídia nacional como eventual candidato a vice- presidente da república, começaram as incursões e ações para “emparedar” Helder. Estamos falando de operações com nome e endereço, ocupação do prédio da Seduc por “índios” partidários, e, mais recentemente, a invasão da SEFA, por militantes do Psol disfarçados de professores, a mando de Edmilson Rodrigues, o mesmo que saiu da prefeitura de Belém pela porta dos fundos.
O que se diz em Brasília é que as investidas nada republicanas contra o governador paraense tem nome e sobrenome: Geraldo Alckmin, o atual vice-presidente do Brasil. E não é de hoje que Alckmin cutuca o Barbalho. Alckmin não engole, de jeito nenhum, a COP 30 ter vindo para Belém e o consequente protagonismo de Helder.
Não é por acaso que, no caso da ocupação da Seduc, a única etnia que não compareceu à reunião proposta pelo estado foi justamente a que tomou o prédio da secretaria. Ou seja, está mais do que claro que o objetivo é desgastar o governo, custe o que custar. E, acreditem os leitores, ainda vem muita “Alkimia” por ai. E vale tudo, desde que sirva para atrair a atenção da imprensa nacional e internacional para a sede da COP, colocando na linha de tiro o governador do Pará.
A situação faz lembrar a época que Roseana Sarney, então governadora do Maranhão, nos idos de 2002, resolveu anunciar que seria candidata à presidência da república. Logo em seguida estourou o escândalo da empresa “Lunos”, envolvendo o marido de Roseana, Jorge Murad. E a história teve momentos tensos, com a invasão, pela Polícia Federal, do Palácio dos Leões, sede do governo maranhense.
Vale lembrar que àquela altura Roseana Sarney foi indicada como possível candidata a vice-presidente na chapa PSDB-PFL (PSDB era o partido Alckmin), para suceder o governo FHC. No entanto, a governadora não se contentou com o posto de vice, optando pela imagem de uma candidatura própria. Como o PFL confirmou pré-candidatura própria, desmontando a chapa com o PSDB, Roseana começou a ser vista pela mídia como um nome independente do governo. Ela chegou ao segundo lugar nas pesquisas iniciais e posteriormente ao empate com Lula. Porém, com o Caso Lunus, a pré-candidatura de Roseana foi eliminada pela queda nas pesquisas, pela perda de popularidade e pelas notícias das grandes mídias nacionais.
Tal acontecimento resultou no rompimento entre o PSDB e o PFL, incluindo a família Sarney. Seu irmão, Sarney Filho pediu demissão do Ministério do Meio Ambiente e o bloco pefelista do Congresso Nacional abandonou a base do governo.
Como publicou a Veja, Helder Barbalho é um dos nomes aventados para substituir o vice-presidente em 2026.
“A hipótese de Alckmin se candidatar a qualquer outro cargo, , que não seja o que ele está hoje, segundo socialistas, é zero.”
Disse a matéria da Revista. Guardadas as devidas proporções, Alckimin, hoje no PSB, parece que quer repetir a dose no Pará, do mesmo elixir aplicado, no passado, na veia de Roseana. Falta só combinar com os russos.