PRESSIONADOS, há jogadores que crescem e jogadores que murcham. Isso é uma questão de perfil psicológico, ou de força mental. O maranhense Zé Augusto, atacante rompedor, autor de 94 gols, tinha limitações técnicas, mas associava bem a sua força física a uma admirável força mental. Era um típico jogador de Re-Pa, não por acaso muito querido pela torcida. No time atual quem faz lembrar a raça de Zé Augusto é o paraguaio Jorge Benítez, destaque bicolor no jogo da última quarta-feira, 07.
NINGUÉM é mais raçudo no Remo que o meia gaúcho Jaderson, desfalque do time na decisão de hoje, sob cuidados médicos. Justamente ele que se dizia disposto a tudo para ser campeão pelo Leão Azul, mas hoje será um mero torcedor. Está formado entre os profissionais azulinos o compromisso de correr e suar pelo colega lesionado, numa mobilização absoluta pelo título, com a vantagem do empate.
Afinal, ser campeão estadual em cima do maior rival é também uma forma de legitimar a fase gloriosa que o clube está vivendo na Série B. Não há no elenco remista um único jogador que já tenha sido campeão com a camisa azul marinho, a não ser Kadu nas categorias de base.