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O Marcos Almeida. O “Eike Batista” do Pará. A Prisão em São Paulo. As Picaretagens e o Fim da Linha

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Fim da linha para um picareta: esta é a definição mais apropriada para nominar Marcos Almeida, o “Eike Batista Paraense”, preso neste fim de semana em São Paulo, e que costumava circular nas altas rodas se intitulando “grande empresário” com trânsito no alto escalão dos governos estadual e federal. Um detalhe chama a atenção neste caso: O Antagônico apurou que Marcos Almeida só foi preso porque estaria acompanhado da amante de um prefeito paraense que está sendo monitorado pela Dioe.

A pouco tempo atrás circulou matéria, em alguns órgãos de imprensa, anunciando Marcos como um jovem e talentoso empresário de apenas 33 anos, sem origem de família rica e com um currículo de causar inveja em muitos empresários de destaque, especialmente em São Paulo. Marcus Almeida, dizia a matéria, vivia de forma discreta em Belém do Pará e longe dos holofotes, mas com contatos poderosos no Brasil e ao redor do mundo, tendo comprado, no Vaticano, um hospital por R$ 90 milhões de reais.

“O empresário circula por vários palácios e, recentemente esteve no Vaticano, reunido com as principais autoridades, fazendo a compra de um hospital no valor de R$ 90 milhões de reais. As informações não foram divulgadas pelo Vaticano a pedido de Marcus Almeida, que não concede entrevistas e nem faz alardes em redes sociais. Ele mantém o mais absoluto sigilo sobre a negociação e tudo que diz respeito aos seus negócios.”

Dizia a matéria frisando que além de administrar seus negócios que incluem um  hospital e um banco, Marcus Almeida também faz a consultoria e assessoria das principais empresas do maior porto da América Latina, o Porto de Santos, que fatura anualmente 250 bilhões ou seja 1/3 do PIB do Brasil sob sua consultoria.

Fim da festa- O pano se fechou para Marcos no sábado, 31 de agosto, quando o mesmo foi preso em SP por envolvimento em um esquema de obtenção de empréstimos bancários milionários por meio de fraudes. Ele foi localizado no bairro de Pinheiros, na capital paulista, onde foi preso pelo Serviço de Polícia Interestadual (Polinter) do Pará e Polícia Civil de São Paulo.

O empresário passou por audiência de custódia, no último domingo (1), quando a juíza Vivian Brenner, da Vara de Plantão Criminal da Capital, decidiu manter a prisão expedida pela Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares de Belém.  O caso é investigado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado Pará.

A prisão de Marcos Almeida é desdobramento da operação Apate que, em maio deste ano, cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisões contra o ex-cartorário Diego Kós Miranda e a advogada Giseanny Valéria Nascimento da Costa, que teriam aplicados golpes em diversas instituições financeiras. O prejuízo ultrapassa R$ 11 milhões. Entre os bens apreendidos com eles está um carro de luxo avaliado em R$ 500 mil. Na época os dois ficaram presos preventivamente por cinco dias e foram soltos. O MPPA requereu novamente as prisões, que foram decretadas pelo juiz Heyder Ferreira. Os dois estão na condição de foragidos e respondem por crimes de estelionato e associação criminosa.

Esquema fraudulento – Os acusados abriam empresas e escritórios de alto padrão para impressionar os gerentes dos bancos e, desta forma, ter facilidade para adquirir financiamentos sem que fosse realizada uma análise minuciosa e cuidadosa dos documentos apresentados por eles – e que eram falsos, na verdade. As instituições financeiras só tomavam conhecimento do crime quando chegava o período de pagamento das parcelas do empréstimo e a dívida, então, não era quitada, nem abatida. Entre os bancos que sofreram o golpe estão o Banco da Amazônia e o Sicoob. Os suspeitos também tentaram obter financiamentos junto à Caixa Econômica Federal, mas a instituição apurou informações sobre a documentação de um imóvel apresentado por eles. A Caixa, no entanto, entrou em contato com o Cartório de Registro de Imóveis do 2º Ofício de Belém e constatou que a certidão era falsa.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976