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Matérias Antigas

O Nicolas. A Suposta Delação. O Barão. A Ligação. O Governo e a Chantagem

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Matéria publicada em 15 de maio

Existe uma regra que diz que não é recomendável ao jornalista entregar os nomes de suas fontes. Mas, porém, contudo, toda regra tem exceção. Principalmente quando a fonte é o personagem central da história. Existem casos em que a fonte incorre na chamada “quebra de confiança”, quando desobriga o jornalista de mantê-la no anonimato.

Em respeito aos milhares de leitores de O Antagônico, publicaremos aqui os bastidores que resultaram na matéria intitulada “A Máfia das OSs. A Ponte. A A.Gaspar. O Nicolas. A PF. O Acordo e a Delação”. Pois bem !

No dia 05 de maio, por volta da meia noite, o jornalista Evandro Corrêa recebeu uma ligação, via WhatsApp, de um homem identificado como “Barão”, (foto em destaque) dizendo que tinha informações importantes sobre Nicolas Tsontaskis, apontado como operador financeiro da Máfia das OSs no Pará, sendo o elo de ligação entre a quadrilha e o governador do Pará, Helder Barbalho. Como Corrêa argumentou que precisava de provas, o próprio Nicolas fez uma ligação de vídeo para o celular do jornalista, informando ao mesmo que “Barão” estava autorizado a falar em nome dele.

Diante da incontestável fonte, o jornalista concordou em encontrar com “Barão”, às 8 horas da manhã do dia seguinte, 06 de maio, uma sexta-feira. No horário marcado “Barão” compareceu ao encontro, tendo narrado que Nicolas havia concordado em fazer delação premiada. De acordo como “Barão”, um delegado da Polícia Federal, há cerca de 11 dias atrás, havia ido até uma fazenda situada em Peixe Boi, onde Nicolas cumpre prisão domiciliar.

Nesta data Nicolas teria assinado os termos do acordo da delação, estando a mesma pendente apenas de homologação do Superior Tribunal de Justiça. No dia do encontro, “Barão” repassou uma folha com manuscritos supostamente de “Nicolas”, foto abaixo), onde o mesmo afirma que está muito doente e abandonado por todos.

O manuscrito faz referência à delação, à ponte do Moju, aos hospitais de campanha, à empresa A.Gaspar e aos esquemas existentes dentro da Seduc, relacionados às cestas básicas distribuídas no estado. “Barão” também disse que Nicolas estava se sentindo explorado por todos, inclusive por advogados, citando Paulo Emilio Catta Preta, que, segundo o mesmo, teria cobrado R$ 42 milhões para defender Nicolas, já tendo recebido R$ 2 milhões.

Como Evandro Corrêa afirmou que precisava de provas, antes de publicar o material, “Barão” se comprometeu a fornecer mais informações mais adiante, o que não ocorreu até a presente data. Depois da publicação, “Barão” desapareceu não atendendo mais as ligações e não retornando mensagens de O Antagônico, o que leva a conclusão de que Nicolas Tsontaskis, pode não ter assinado nenhum acordo de delação, tendo dado publicidade a mesma apenas para pressionar e chantagear o governo do Pará. No entanto, a chamada de Nicolas ficou registrada no aparelho celular do jornalista e a chegada e a saída de “Barão” foram registradas por câmeras de segurança, no local do encontro. E mais ainda.

O jornalista Evandro Corrêa, antes de publicar o material, telefonou para o procurador da República, Alan Mansur, lhe narrando que havia sido procurado por Nicolas. Também conversou com o advogado Paulo Catta Preta, que disse não ter conhecimento da delação, negando, de forma veemente, os valores de honorários informados pelo intermediário de Nicolas.

Convém reforçar que Nicolas está preso há dois anos, por decisão da justiça de São Paulo. Pelos crimes ocorridos no Pará o mesmo foi liberado e estaria em liberdade, não fosse a condenação da justiça paulista. A matéria em questão registrou recordes de acessos em O Antagônico.

perguntas que não querem calar são: Nicolas tem realmente a intenção de delatar ? Ele procurou o jornalista para chantagear o governo ? A chantagem surtiu o efeito desejado por Nicolas? Aguardemos os próximos capítulos !!

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976