Redes Sociais

Desapropriação

O Pará. O Tocantins. Xambioá e São Geraldo. A Ponte.  As Desapropriações e o Impasse

Publicado

em

A construção da ponte que liga os estados do Tocantins e Pará pelos municípios de Xambioá e São Geraldo, sobre o Rio Araguaia, ainda não foi concluída por falta dos acessos à estrutura. Essa etapa depende de desapropriações na região onde a ponte foi construída. O contrato para a obra da ponte foi assinado em 2017, no governo Temer. Nesse período, o custo da estrutura saltou de R$ 132 milhões para R$ 204,2 milhões, sem contar os R$ 28,6 milhões que devem ser investidos apenas nos acessos. A travessia entre os dois estados faz parte da BR-153 e devia ter sido entregue há mais de dois anos. Quem avista a estrutura de longe vê a ponte quase pronta. Os acessos serão construídos do km 151,56 da rodovia ao km 151,87 do lado do Pará, e do km 1,20 ao km 2,90 do lado do Tocantins.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a entrega deve acontecer no segundo semestre de 2025, mas a data certa não foi informada. Isso porque ainda será preciso concluir processos de desapropriação de moradores do lado do Pará. No Tocantins, o DNIT informou que todos os processos foram concluídos no primeiro semestre deste ano. Mas no estado vizinho ainda vão ocorrer as primeiras audiências de conciliação, agendadas para os dias 6 e 7 de agosto deste ano.

Acidente com a estrutura – Até o momento, a estrutura avaliada em R$ 204,2 milhões está 95% pronta, dependendo apenas da construção dos acessos. O investimento para esta etapa final é de aproximadamente R$ 28,6 milhões. Enquanto a obra não é entregue para uso dos motoristas, a travessia pelo Rio Araguaia segue sendo feita por balsas operadas pela empresa Pipes Empreendimentos LTDA.

Na segunda-feira (14), uma das embarcações colidiu com um pilar da ponte em construção. A balsa estava carregada com ônibus e caminhões e, de acordo com a Pipes, a força dos ventos somada à altura dos veículos empurrou a balsa contra um dos pilares, causando a colisão. O incidente causou danos à embarcação, mas não houve prejuízos à ponte e nem deixou feridos. Um rebocador, segundo a Pipes, fez o resgate da balsa. A empresa afirmou ainda que um dos problemas enfrentados pelas embarcações é o estreitamento do canal da travessia próximo à ponte, causado pela estiagem. A Pipes destacou que esse fato aumenta os “desafios operacionais” na travessia dos veículos.

A Pipes ainda comentou que a Capitania dos Portos de Palmas determinou a retirada da embarcação de tráfego até a conclusão da perícia. Mas a situação tem gerado filas na travessia, tanto no lado do Tocantins quanto no lado do Pará. A Marinha informou que assim que tomou conhecimento do acidente enviou uma equipe de perícia para o trecho. Foram colhidas provas testemunhal, pericial e documental e a liberação da embarcação só deve acontecer após conclusão de um inquérito, no prazo de 90 dias.

Todos os direitos reservados © 2022 O Antagônico - .As Notícias que a grande mídia paraense não publica.
Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976