As cidades que mais registraram incêndios nos últimos meses, no Brasil, são locais conhecidos pelo descaso ambiental e alvos recorrentes de operações contra o garimpo ilegal, grilagem de terras, desmatamento e invasões de territórios indígenas.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 1º de julho e 11 de setembro, período marcado pela elevação contínua dos registros de pontos de calor no país, as 20 primeiras colocadas foram responsáveis por mais de 44,5 mil incêndios.
Nas três primeiras posições, estão três cidades do Pará: São Félix do Xingu, com 5.146 registros de incêndio; Altamira, com 4.421; e Novo Progresso, com 4.279. Todas elas são conhecidas por já figurarem em rankings de maiores desmatamentos e garimpos ilegais na Amazônia. Outras três cidades paraenses também estão na lista: Itaituba. Jacareacanga e Ourilândia do Norte.
Em São Félix do Xingu, é onde fica a terra da etnia Kayapó, o território indígena mais atingido hoje no Brasil por incêndios florestais. A área estende-se também à cidade de Ourilândia do Norte, outro município paraense com histórico de garimpo e que aparece entre os 20 municípios do país com mais queimadas, segundo o Inpe.
Os estados do Pará e do Amazonas dominam o ranking, com seis cidades cada. Em seguida, aparecem Mato Grosso do Sul, com três, Mato Grosso, com duas, Tocantins, Rondônia e Acre, com uma, cada. Confira abaixo:
São Félix do Xingu (PA) 5.146
Altamira (PA) 4.421
Novo Progresso (PA) 4.279
Apuí (AM) 4.055
Lábrea (AM) 3.282
Itaituba (PA) 2.626
Porto Velho (RO) 2.366
Corumbá (MS) 2.269
Colniza (MT) 2.058
Novo Aripuanã (AM) 1.841
Porto Murtinho (MS) 1.437
Manicoré (AM) 1.423
Jacareacanga (PA) 1. 397
Lagoa da Confusão (TO) 1.381
Ourilândia do Norte (PA) 1. 196
Aquidauana (MS) 1.151
Peixoto de Azevedo (MT) 1.124
Humaitá (AM) 1.058
Boca do Acre (AM) 1.043
Feijó (AC) 1.017
