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O Paysandu. Os Jogadores. A Comissão Técnica. A Saúde Mental e a Psicóloga

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O Paysandu apresentou nesta quarta-feira, dia 25, a nova psicóloga do time profissional. Thaysse Gomes vai cuidar da saúde mental dos atletas e integrantes da comissão técnica bicolor. Ela já está trabalhando no clube há cerca de 10 dias.

“Esperava encontrar um ambiente mais caótico aqui quando cheguei, mas encontrei alguns atletas desmotivados. Hoje, percebo que é surreal a diferença. Estar em um lugar com suporte psicológico influencia muito naquilo que você pensa sobre esse lugar. Tem sido uma experiência bem legal. Quando te chamam entendendo a tua importância, o cenário é outro. As pessoas estão compreendendo a necessidade de se ter um trabalho psíquico aqui.” conta Thaysse.

A diretoria bicolor vinha buscando alguém pra assumir a função no clube. A temporada tem sido de altos e baixos para o Papão. Depois das conquistas da Supercopa Grão-Pará e da Copa Verde, o time entrou em má fase, perdeu o título estadual para o maior rival e ficou as 11 primeiras rodadas da Série B sem vencer uma única partida. Agora a equipe bicolor vem de duas vitórias consecutivas, incluindo no clássico Re-Pa, do último sábado. Apesar disso, o Paysandu ainda é lanterna da competição, com 10 pontos somados em 13 rodadas.

Thaysse fez um trabalho com o elenco do Papão nesta quarta-feira, dia 25, aonde consistia em uma dinâmica introdutiva para que os atletas compreendessem a necessidade do mental na vivência esportiva.

– Eu precisava entender qual era a demanda do clube. Por ser psicologia do esporte e se tratar de futebol, a gente já tinha algo pronto, mas precisava entender, de fato, onde eu poderia começar a contribuir. Também vamos fazer uma palestra psicoeducativa, palestras sobre sono e outras ações e testes para trazer melhorias a eles. Posteriormente, faremos uma repetição desses testes com os atletas para avaliar a evolução deles.

A psicóloga montou um plano de intervenção para atuar de maneira coletiva, individual e cognitiva com todo o elenco, incluindo também os profissionais da comissão técnica. Thaysse conta que os primeiros dias foi para “observar ” o comportamento para se ter uma leitura de como anda o ambiente na Curuzu.

– Na primeira semana, o meu trabalho foi muito mais no sentido de apenas observar ao máximo o comportamento de cada um. Ver como eles reagiam, por exemplo, quando o técnico chamava atenção para alguma situação. Diante disso, foi possível chegar a algumas conclusões com base nos movimentos, gestos e expressões dos jogadores. Por isso, nessa semana já vamos nos antecipar e chamar alguns atletas para iniciar atendimentos individuais.

Natural de Belém, Thaysse tem 27 anos e é formada pela Universidade da Amazônia, além de ser pós-graduanda em neuropsicologia. A profissional tem experiência em clínicas de reabilitação, hospitais, escolas e universidades. Ela também já fez trabalhos com a Federação Paraense de Futebol (FPF) e chega com recomendação da psicóloga da CBF, Marta Magalhães.

– Atuava com os árbitros. Seguia protocolos da CBF e da Fifa com testes de atenção e agilidade para verificar o prejuízo atencional desses profissionais. Tinha que ficar mais ligada no aspecto cognitivo dos árbitros. A partir daí, fui cada vez mais estudando o meio esportivo.

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Jornalista responsável: Evandro Corrêa- DRT 1976