A nomeação do ex-deputado Raimundo Belo para o cargo de diretor financeiro da Adepará está dando o maior quiproquó. Tudo por conta da falta de um diploma de curso superior, uma das exigências legais pra ocupar esse cargo. Depois de muito disse-me-disse nos corredores da instituição, o que vem causando um tremendo mal estar no ambiente de trabalho, o assunto ganhou grandes proporções com a manifestação do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Público, Agropecuário e Fundiário do Pará.
Em ofício encaminhado no último dia 03 de abril para a presidência da Adepará, o presidente do STAFPA, Otoniel Araújo das Chagas, pede a revogação imediata da portaria que nomeou Raimundo Belo para cargo de diretor financeiro da empresa. De acordo com o documento, “a nomeação do referido servidor não atende os requisitos estabelecidos pelo artigo 8º do Decreto 1.230, de 26 de fevereiro de 2015, sendo sua permanência no cargo uma afronta aos princípios que regem a administração pública, especialmente os da impessoalidade, eficiência e transparência.”, destaca o ofício.
O mais grave vem no parágrafo seguinte do mesmo ofício, referente aos documentos apresentados pelo próprio Raimundo Belo:
“Ressaltamos que informações prestadas pelo Sr.José Raimundo de Oliveira (o Raimundo Belo) ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará, constituem prova de que o mesmo não possui grau de instrução compatível para a investidura no referido cargo. Essa incompatibilidade reforça a necessidade urgente de revisão do ato administrativo, a fim de preservar a legalidade e evitar precedentes que comprometem a credibilidade da instituição.”
Para tentar responder a esses questionamentos, que estão gerando grande repercussão no órgão, Raimundo Belo ainda tentou apresentar uma declaração de uma faculdade privada, mas o documento veio comprovar que o ex-deputado só frequentou uma faculdade, sem concluir o curso superior. Sendo assim, sem as condições legais para assumir o cargo pretendido.
