Um leitor atento de O ANTAGÔNICO enviou e-mail à nossa redação frisando que as críticas referentes a salários de magistrados deveriam se estender também a outros servidores do judiciário. A crítica faz referência direta aos vencimentos de membros do Sindicato dos Funcionários do Judiciário do Pará (SINDJU – Pa), ferrenhos críticos dos salários dos magistrados, cuja diretoria fez recente visita ao gabinete da presidência do TJE do Pará, encontro registrado por nosso site.
Em buscas realizadas no Portal da Transparência verificamos que, como se diz no “juridiquês”, assiste razão à crítica do assíduo leitor. Constatamos por exemplo que o atual presidente do SINDJU, Thiago Ferreira Lacerda, que ocupa o cargo de oficial de justiça avaliador, recebeu, em outubro de 2023, um salário líquido de R$ 74,8 mil reais, ou seja, bem acima do teto constitucional.
No tocante ao salário da vice presidente do SINDJU, Daniele Rodrigues Martins, a situação não é diferente: em outubro de 2023 Daniele embolsou nada menos que R$ 65,5 mil reais líquidos registrados no seu contracheque.
O ANTAGÔNICO também identificou outros “gordos salários” no Portal da Transparência. Darlene Salgado Santa Brígida, analista judiciária, recebeu em outubro do ano passado R$ 100 mil reais líquidos. Danilo César Coelho de Souza Figueiredo, oficial de justiça avaliador, recebeu R$ 63,7 mil. Débora Moraes Gomes, auxiliar judiciária, recebeu R$ 85,5 mil. O serventuário Adalfredo Figueiredo Rosa, oficial de justiça avaliador lotado em Santa Izabel, recebeu, em outubro de 2023, a bagatela de R$ 80,4 mil reais.
Já a analista judiciária Adriana Maria Malcher Meira Rocha, recebeu R$ 75, 9 mil. Aclenelma Ferreira Sousa Adalfredo Figueiredo Rosa, diretora de secretaria da 1ª vara cível e empresarial de Barcarena recebeu no mesmo mês, a título de salário, R$ 47,3 mil reais. Nos próximos dias, O ANTAGÔNICO publicará uma reportagem completa sobre os super salários dos servidores da justiça paraense.