Advogados paraenses estão cobrando que o governador Helder Barbalho entre em campo para evitar que o Pará fique de fora da escolha dos dois novos desembargadores do TRF 1, corte que engloba o Distrito Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins). Pelo Pará, Diogo Conduru, que tem bom trânsito no meio jurídico, segue na briga pela vaga disputando, em uma das duas listas. Se prevalecer o fato de que a vaga é dos advogados, o escolhido seria Diogo. Isso porque o mesmo foi o mais votado da lista pela categoria. Mas, porém, contudo, tem muita gente nessa fila, alguns com alto grau de pedigree.
Nesta quarta-feira, 06, O Globo deu que dois candidatos são favoritos para ocupar as vagas: o advogado Eduardo Martins, filho do ministro do STJ Humberto Martins e amigo de Flávio Bolsonaro. Mas, claro, que não é a condição de amigo do filho do ex-presidente que lhe dá uma forcinha. Cristiano Zanin o apoia. Para a outra cadeira, o advogado Flavio Jardim, apoiado por Gilmar Mendes e com a simpatia de Flávio Dino. Jardim está na mesma lista que Diogo Conduru.
E ainda tem mais gente tentando arrancar a sardinha do advogado paraense. Recentemente a VEJA levantou a bola da advogada de Rondônia, a bela Rebeca Moreno, a única mulher na lista tríplice, fator que já coloca a mesma em vantagem na disputa. Trocando em miúdos, se conseguir desbancar pelo menos um dos dois apadrinhados da toga do STF, Diogo ainda terá pela frente a candidata de Rondônia, que, apesar de figurar na outra lista, corre por fora na disputa pela representação nortista no TRF 1.
Nas duas hipóteses, sem um empurrãozinho de Helder, Conduru não terá vida fácil na briga pela vaga, correndo o risco de perder para Rondônia, o que para o estado do Pará representará muito mais do que o coice após a queda. E o advogado tem feito a sua parte. Tanto que conseguiu apoio e manifestação escrita de toda a bancada federal paraense em Brasília.
Entre os relevantes apoios obtidos por Conduru, está gente de peso da esquerda, como o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e Roberto Batochio, além do Sindicato dos metalúrgicos do ABC, do MST nacional. O TRF-1 é composto por 43 desembargadores que somados aos 50 que já passaram por lá desde sua criação em 1988, somam 93, sendo apenas um paraense, Anselmo Goes, aposentado em 1998. Perguntado sobre o apoio do governador, o advogado disse que Helder ” tem se empenhado para defender os interesses do nosso estado”.